XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE
DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS
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EIXO 3 – PAULO FREIRE E A EDUCAÇÃO PROFISSIONAL, TÉCNICA, TECNOLÓGICA E SUPERIOR
também é, em grande medida, uma formação para uma vida
social que almejamos, com valores éticos que propiciem a
convivência pacífica e empatia entre as pessoas.
Além disso, questões relacionadas ao uso da internet
pelos jovens são preocupações recorrentes entre os pais e/
ou responsáveis dos alunos. Devem ser debatidos na esco-
la temas como: exposição fácil a conteúdos impróprios (a
violência, o racismo, ideais extremistas e a pornografia); as-
sédio sexual, assédio comercial, desencadeando o consumo
excessivo da internet, como uma “dependência” ou vício,
bullying, saúde mental, entre outros.
Segundo Apple (2006), muitas instituições educacio-
nais não se constituem em um instrumento de democracia
e igualdade que muitos de nós gostaríamos que fosse. Essas
preocupações fazem parte da agenda daqueles que buscam
superar os mecanismos da exclusão escolar e que priorizam
uma educação para a autonomia dos sujeitos sociais, a qual
é requisito básico que deve orientar nosso relacionamento
com a ‘indústria cultural’ da sociedade contemporânea. Sen-
do assim, nossas ações devem constituir-se em uma ponte
para essa conquista, pois ela é um bem necessário, gerador
de decisões e criador de possibilidades de mudança.
É com base em uma formação que prioriza a forma-
ção humana e seu preparo para a vida social e profissional
que destacamos as palavras de Freire, em «Política e Edu-
cação». Suas palavras nos instigam a sempre olhar e assu-
mir a educação centrada no ser humano como um todo em
construção: “o ser humano é uma totalidade que recusa ser
dicotomizada. É como uma inteireza que operamos o mun-
do enquanto cientistas ou artistas, enquanto presenças ima-
ginativas, críticas ou ingênuas”. (FREIRE, 2001a, p. 117).
Para o autor uma das tarefas mais importantes da
prática educativo-crítica é propiciar as condições em que
os educandos vivam a experiência profunda de assumir-se.
Assumir-se como ser social e histórico, como ser pensante,
comunicante, transformador, criador, realizador de sonhos.
Neste sentido, a autoridade coerentemente democrática