XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE
DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS
237
EIXO 2 – PAULO FREIRE:
MEMÓRIA,
REGISTRO, IDENTIDADE E ACERVO
SER QUILOMBOLA NA ATUALIDADE,
COMO O MEIO ACADEMICO PODE FORTALECER
A AFIRMAÇÃO DA IDENTIDADE?
Madaliza dos Santos Nascente
1
Vilmar Alves Pereira
2
Marcel Jardim Amaral
3
Carta Pedagógica
Sou quilombola, moro no interior de Canguçu/RS, em
uma comunidade remanescente de quilombo Maçambique,
onde moram aproximadamente 48 famílias, nossa comuni-
dade recebeu esse nome em homenagem ao último negro
escravizado que era parente de muitos da comunidade, e
que foi morto de forma cruel por seus patrões.
Nossa comunidade é rural e as famílias vivem da agri-
cultura familiar, de onde tiram a renda da família. No que diz
respeito à escolaridade, alguns anos atrás o acesso à escola
era muito precário e os jovens desistiam de trabalhar para
poder ajudar a família. Hoje em dia que o acesso está mais
facilitado, com o transporte que leva e busca os alunos.
Por tão poucos jovens terem acesso ao ensino su-
perior, sabemos da importância de estudar, tanto para ter
1
Quilombola, graduanda em Direito da Universidade Federal do Rio Gran-
de-FURG, membro do subprograma de Auxílio ao Ingresso nos Ensinos
Técnicos e Superior – PAIETS INDÍGENA E QUILOMBOLA.
E-mail:
madasantosnascente@gmail.com2
Professor, Coordenador do Grupo de Estudos sobre Fundamentos da Edu-
cação Ambiental e Popular – GEFEAP, Doutor em Educação pelo Programa
de Pós-graduação em Educação/PPGEDU da Universidade Federal do Rio
Grande do Sul/UFRGS, Rio Grande, RS, Brasil;
vilmar1972@gmail.com3
Assistente Social, bolsista CAPES, integrante do Grupo de Estudos sobre Fun-
damentos da Educação Ambiental e Popular – GEFEAP, mestrando em Educa-
ção pelo Programa de Pós-graduação em Educação/PPGEDU da Universidade
Federal do Rio Grande/FURG; membro da coordenação do subprograma de
Auxilio ao Ingresso nos Ensinos Técnicos e Superior – PAIETS INDÍGENA E QUI-
LOMBOLA., Rio Grande, RS, Brasil;
amaral.marcel@yahoo.com