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XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE

DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS

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EIXO 13 – PAULO FREIRE: EDUCAÇÃO, SAÚDE E CIDADANIA

parte dos conceitos freireanos, onde o cidadão forma-se a

partir do momento que se descobre e liberta.

O grande desafio do indivíduo é lutar por mudanças

no âmbito social e libertar-se da opressão. Segundo Freire

(2002), a matriz da esperança é a mesma da educabilidade

do ser humano: o inacabamento de seu ser de que se tornou

consciente. Seria uma agressiva contradição se, inacabado e

consciente do inacabamento, o ser humano não se inseris-

se num permanente processo de esperançosa busca. Este

processo é a educação.

Portanto, a esperança e desejo por

mudanças ficam visíveis, pois o que seria do homem se nada

pensasse, buscasse e se estagnasse? Já dizia Freire (2000):

há uma nuvem cinzenta ao redor das gerações com uma

ideologia que destrói a utopia, tornando a educação como

puramente cientifica. Tal ideologia acaba destruindo sonhos

e, consequentemente, esperanças de uma educação inter-

disciplinar e multiprofissional.

A construção ou a produção do conhecimento do

objeto implica o exercício da curiosidade, sua ca-

pacidade crítica de “tomar distância” do objeto, de

observá-lo, de delimitá-lo, de cindi-lo, de “cercar” o

objeto ou fazer sua

aproximação

metódica, sua ca-

pacidade de comparar, de perguntar. (FREIRE, 1996,

p. 33).

Sócrates afirmava que, para ter conhecimento dos

saberes oriundos do universo, precisamos nos conhecer

primeiramente, tornando-se um processo de autoconhe-

cimento constante, que nos permite conhecer a nós, aos

outros e a tudo o que é novo. Portanto, acredito que para

sermos indivíduos curiosos, críticos e observadores, como

Freire destaca, temos que iniciar tais processos nas institui-

ções de ensino, na qual os estudantes buscarão a troca de

conhecimentos, de saberes, sua emancipação e seu lugar na

sociedade.

A educação libertadora proporciona aprendizagem

para além do simples entendimento do objetivo em si, no-

vos movimentos de diálogo, os quais são criados a partir de