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EIXO 13 – PAULO FREIRE: EDUCAÇÃO, SAÚDE E CIDADANIA
XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE
DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS
vimento, mesmo adjetivados de desenvolvimento ‘humano’,
desenvolvimento ‘sustentável’ ou ‘etnodesenvolvimento’.
As questões humanas e de pessoalidade, de amorosi-
dade e de comunicação nascem do estímulo inicial emana-
do de Paulo Freire.
A amorosidade e o diálogo constituem-se como
elementos indispensáveis para que ocorra, no pro-
cesso educativo, “o encontro amoroso entre os ho-
mens que, mediatizados pelo mundo, o “pronun-
ciam”, isto é, o transformam, e, transformando-o, o
humanizam para a humanização de todos” (FREIRE
, 1992, p. 43).
Concomitantemente, quando se mencionam os ter-
mos
amorosidade
e
diálogo
, percebe-se a importância da
aplicabilidade disso na educação libertadora, na qual se bus-
ca pela construção de seres formadores de opiniões, pro-
blematizadores, politizados e humanizados. Segundo Freire
(1996), a
educação
é uma forma de intervenção no mundo.
Pensando nesse âmbito, a pedagogia crítica tem papel fun-
damental, pois está atrelada à troca de conhecimentos de
educandos e educandas visando à construção especulativa,
indagatória e filosófica nessa permutação de saberes.
A principal meta da educação é criar homens que
sejam capazes de fazer coisas novas, não simples-
mente repetir o que outras gerações já fizeram.
Homens que sejam criadores, inventores, descobri-
dores. A segunda meta da educação é formar men-
tes que estejam em condições de criticar, verificar
e não aceitar tudo que a elas se propõe. (PIAGET,
1972, p. 246).
Podemos relacionar os pensamentos de Piaget com
Freire, pois ambos aspiram pela humanização, criação, ino-
vação e libertação de todos aqueles desfavorecidos em uma
sociedade desigual, dessa forma, o ser humano pratica tro-
cas de conhecimentos e não reproduz o que lhe é ensinado.
Desmistificando assim, a educação engessada e trazendo
para as instituições e comunidades outras visões que fazem