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2082

EIXO 13 – PAULO FREIRE: EDUCAÇÃO, SAÚDE E CIDADANIA

XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE

DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS

Paula & Barros (2009) entendem que a presença do(a) psicó-

logo(a) na Proteção Social Básica pode contribuir na amplia-

ção das possibilidades do trabalho no território, tendo em

vista o olhar para a subjetividade construída na localidade.

Entendendo que a subjetividade se desenvolve na

relação social, Mendonça (2007) afirma que cidadania e a

subjetividade são conceitos que caminham juntos, poden-

do assim expressar o modo que os sujeitos se constituem

e constroem sua realidade. Dessa forma, o mesmo autor,

ao se referir ao trabalho da psicologia na formação para ci-

dadania compreende o(a) psicólogo(a) como facilitador do

movimento de produção, defendendo que

O trabalho deve se dar em

com-junto

, numa relação

dialógica, onde o psicólogo utiliza o saber informal

da comunidade e esta, o saber formal do psicólo-

go, dando como resultado dessa relação um saber

comum que vislumbra outras alternativas e outras

respostas para o quadro social que se faça presente,

focalizando a possibilidade de promoção de novos

modos de subjetivação que proponham o exercício

da cidadania. (MENDONÇA, 2007 p. 41)

METODOLOGIA

Esta é uma pesquisa de caráter qualitativo que utili-

zou como instrumento a entrevista semiestruturada. Esta

foi composta com as seguintes questões suleadoras

3

: O que

você entende como cidadania? Qual o papel da psicolo-

gia na PSB? Como você enxerga o exercício da cidadania

no CRAS? Quais os limites e desafios da profissão na PSB?

Como é realizado o trabalho para formação para a cidada-

nia no CRAS? As entrevistas foram realizadas no local de

trabalho das participantes. Estas foram gravadas, transcritas

e categorizadas para a análise do material, e após, apresen-

3

Utilizamos esta expressão inspiradas em Paulo Freire (1992) que questiona

as relações norte-sul, reiterando a necessidade de olharmos para o Sul en-

quanto potência de vida. Desse modo passamos a nos sulear ao invés de

nortear, ou seja, a reconhecer nossa história enquanto sujeitos latino-ameri-

canos, desmistificando, pois, a ideia colonial do ser, do saber e do poder.