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EIXO 13 – PAULO FREIRE: EDUCAÇÃO, SAÚDE E CIDADANIA

XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE

DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS

trabalhador da Assistência Social, tem como finalidade básica

o fortalecimento dos usuários como sujeitos de direitos e o

fortalecimento das políticas públicas” (CREPOP, 2007, p. 17).

Essa dimensão da atuação do profissional psicólogo

aparece na entrevista com a Psicóloga 1, que vincula direta-

mente o papel da psicologia na Proteção Social Básica com

o fortalecimento de vínculos para uma autonomia.

“No fortalecimento de vínculos, manter a família na

comunidade, trabalhando com a família para a au-

tonomia.” (Psicóloga 1)

Neste sentido, o fortalecimento dos usuários da Assis-

tência Social se aproxima cada vez mais do empoderamen-

to, no qual possam se reconhecer como sujeitos de direitos.

Possibilitando, assim, a garantia ao direito à convivência fa-

miliar e à proteção da família, com vistas ao enfrentamento

de situações de isolamento social (Brasil, 2016).

Com base nessas premissas, a cidadania não deve ser

vista apenas como um

status

adquirido, Maia ( 2014) coloca

como um processo de legitimação do ser e fazer que cada

indivíduo exercita, em um movimento de auto-reflexão per-

manente. Como mencionado nas entrevistas realizadas, as

experiências no âmbito da cidadania não devem ser trata-

das de forma normativa, não convém prescrever de forma

preconceituosa e reguladora o que deve ser de experiência

singular e coletiva.

“A cidadania é a capacidade de ter direito de ex-

pressar o que tu pensa, poder ter acesso as teus

direitos, acha que o Cras tem papel nisso… de fa-

zer as pessoas pensarem sobre sua vida e sobre os

caminhos que vão tendo, é diferente de chegar e

direcionar o caminho, faz parte enquanto cidadania

cras fazer a pessoa pensar por onde ela vai, saber

que ela tem alguns direitos e como ela faz para

acessar isso, mas o que ela quer de fato.... a pessoa

ter a suas escolhas, trabalhando isso no protago-

nismo na autonomia, não ser só soldadinhos que

respondem aos nossos encaminhamentos e como

um todo na vida.” (Psicóloga 2)