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XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE

DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS

2081

EIXO 13 – PAULO FREIRE: EDUCAÇÃO, SAÚDE E CIDADANIA

de poder podem incluir ou excluir os sujeitos, permitindo

ou não sua participação e seu pertencimento ao laço social.

A autora destaca dois dos quais parecem mais importantes

para a inclusão ou exclusão: a educação – mais precisamen-

te o acesso ao conhecimento – e o fator econômico.

Esses avanços na luta pela cidadania, ainda são vistos

com antipatia do ponto de vista econômico, por uma parce-

la da população que prega um conservadorismo intelectual,

com discursos de rigidez moral e de produção, retroceden-

do a um controle social marcado pelo consumo que inferio-

riza sujeitos que não contribuem para a “lógica” capitalista.

Sendo assim, tentativas de higienização e de patologização

ainda perpetuam nas entranhas da sociedade brasileira, e

atravessam, e formam, e alienam tanto os sujeitos quanto os

serviços públicos e privados, e ainda, o conhecimento popu-

lar e acadêmico.

Assumir um compromisso com as populações postas

às margens da sociedade é colocar em cheque a lógica co-

lonial e potencializar as vidas esquecidas. Assim, se afirma

um fazer ético-político implicado com o enfrentamento das

vulnerabilidades sociais, que rompe com o modelo assisten-

cialista e com os julgamentos morais que criminalizam os

sujeitos.

Conforme aponta o primeiro princípio do Código de

Ética Profissional da Psicóloga,

o(a) psicólogo(a) baseará o seu trabalho no respei-

to e na promoção da liberdade, da dignidade, da

igualdade e da integridade do ser humano, apoiado

nos valores que embasam a Declaração Universal

dos Direitos Humanos. (CFP, 2005 p. 07)

É neste contexto que o cuidado com a vida deve ser

(re)afirmado e percebido pelas áreas de conhecimento que

militam pela busca por dignidade para todas as pessoas. O

papel da psicologia aparece, aqui, no rompimento da esta-

tização da vida (Hadler, 2012), problematizando o cotidiano

marginalizado e desmistificando discursos que aprisionam

os sujeitos em um modelo alienante. Diante disso, Ximenes,