XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE
DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS
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EIXO 13 – PAULO FREIRE: EDUCAÇÃO, SAÚDE E CIDADANIA
contexto e a intenção que esse termo
extensão
apresenta,
permanece arraigado nos pensamentos e nas condutas de
seus sujeitos, não correspondendo dessa forma a uma ação
educativa libertadora e real.
Freire possibilita-nos refletir sobre as nossas ações
como estudantes e professores numa perspectiva humanis-
ta. A partir desse ponto de vista, estender nossas técnicas,
como prescrições a serem seguidas obstinadamente, não
são respostas ou definições de melhorias efetivas para a co-
munidade, pois não nos cabe persuadir nem fazer dessas
pessoas um papel em branco para nossas disseminações e
prescrições academicistas.
As ações feitas para/com a comunidade externa aos
muros das escolas e, principalmente, das universidades, não
são para serem negadas ou criticadas tão somente. Entretan-
to, encaixar um projeto em que se faça uma práxis educati-
va emancipadora num conceito que o nega é inaceitável e
contraditório. Não podemos negar que os indivíduos envol-
vidos com tais projetos sejam em conjunto sujeitos transfor-
madores de suas próprias realidades.
Nem aos camponeses, nem a ninguém, se persuade
ou se submete à força mítica da propaganda, quan-
do se tem uma opção libertadora. Neste caso, aos
homens se lhes problematiza sua situação concre-
ta, objetiva, real, para que, captando-a crìticamen-
te, atuem também crìticamente, sobre ela. (FREIRE,
1985, p.14).
A OBRA DE ARTE E O PROCESSO DA FORMAÇÃO
CRÍTICA PARA A CIDADANIA
Cidadão, no seu âmbito primário, significa para Freire “o
indivíduo no gozo dos direitos civis e políticos de um Estado”
(1993). Nesse sentido,
cidadania
refere-se à postura que esse
cidadão utiliza sua condição de posse de direitos e deveres.
Posto isso, pode ser definida como um convite que qualquer
indivíduo possui para sociabilizar e interagir com as diversas
oportunidades de praticar o ato de cidadania e equidade social.