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EIXO 13 – PAULO FREIRE: EDUCAÇÃO, SAÚDE E CIDADANIA

XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE

DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS

experiências e saberes com o educador, de modo semelhan-

te como o profissional deve fazer o intercâmbio com a sua

comunidade.

Esse constante desenvolvimento e aprendizado ado-

tam vários princípios freireanos na formação da reflexão

crítica e do pensamento problematizador, seja em relação

à sociedade e ao que é imposto e ao que se aplica em ins-

tituições ainda com modelos e concepções de uma didática

alienada, alienadora e obsoleta. Nas universidades e demais

instituições de ensino, isso vale para os processos do ensino,

das pesquisas e da extensão.

Paulo Freire (1985), em seu livro Extensão ou Comuni-

cação, quis clarear e desmistificar o termo extensão. No con-

texto academicista da palavra

extensão

, quantas vezes, aca-

dêmicos e professores partiram como detentores do saber e

‘destacados’ entendedores da ação extensionista universitária

com meros discursos formais de nos aproximarmos da co-

munidade externa à academia e “levando” até esses sujeitos

tudo que “achamos” que eles “precisam” e “necessitam” para

‘educar’ o seu modo de pensar e para que os seus estilos de

vida cheguem o mais próximo possível dos nossos mundos

ou daqueles que decidimos devam ser adequados a eles?

A partir das análises problematizadas por Freire, so-

mos convidados a refletir sobre as atividades extensionistas

hoje presentes nos nossos contextos acadêmicos. A palavra

‘contexto’, como ensinou Freire (1985, p.13), “de acordo com

o contexto em que está presente” e segundo os muitos ar-

tifícios e posicionamentos do dito ‘extensionista’ em ação,

denúncia grave ao se ‘coisificar’ as pessoas.

...transformando o homem em quase “coisa”, o

negam como um ser de transformação do mun-

do. Além de negar, como veremos, a formação e a

constituição do conhecimento autênticos. Além de

negar a ação e a reflexão verdadeiras àqueles que

são objetos de tais ações. (FREIRE, 1985, p. 13).

Salientamos que há ações extensionistas universitá-

rias que possuem um caráter educativo, porém o sentido,