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EIXO 11 – PAULO FREIRE EM DIÁLOGO COM OUTROS(AS) AUTORES(AS)
XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE
DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS
diferentes instituições de Ensino Superior no estado do Rio
Grande do Sul, tem se realizado de modo bastante autoral.
Dimensão autoral que se revela, entre outros aspectos, na
diferenciada proposição dos eixos temáticos para a apre-
sentação de trabalhos em cada edição do evento. Ao che-
garmos no marco de duas décadas do mesmo evento, esta
é uma questão que merece ser analisada.
Por isso, com esta Carta Pedagógica pretendo, num
primeiro momento, chamar atenção para a importância
de analisarmos a historicidade do Fórum no que se refe-
re à proposição dos eixos temáticos. Ou seja, trata-se de
um convite para revisitá-los, exercendo nossa rigorosidade
metódica para subsidiar a reflexão, porque, freireanamente,
“O importante, não resta dúvida, é não pararmos satisfeitos
ao nível das intuições, mas submetê-las à análise metodica-
mente rigorosa de nossa curiosidade epistemológica” (FREI-
RE, 1996, p. 51).
Neste caso, a proposição da rigorosidade
metódica diz respeito ao "compromisso de estar sendo um
espaço de afirmação, cultivo e ampliação das ideias de Paulo
Freire" (FREITAS, GHIGGI e CAVALCANTE, 2011), como se ex-
pressa na
Carta Compromisso
que marca nossa itinerância.
Aliás, ao falar sobre itinerância e rigorosidade metódi-
ca, faço aqui um parêntese para compartilhar algo que me
chamou atenção. Fui procurar o termo itinerância em um
dicionário eletrônico da língua portuguesa e “nenhum re-
sultado foi encontrado”; também no Dicionário Paulo Freire
não se encontra a referida itinerância como um de seus ver-
betes. Mas há um lindo verbete, escrito pelo professor Car-
los Rodrigues Brandão, que vale a pena ser lembrado neste
momento, andarilhagem, sobre o qual ele afirma:
Somos humanos porque aprendemos a andar. So-
mos humanos porque aprendemos a pendular en-
tre um "estar aqui" e um contínuo "partir", "ir para".
Entre os que andam, viajam e vagam, há os que se
deslocam porque querem (os viajantes, os turistas),
os que se deslocam porque creem (os peregrinos,
romeiros), os que se deslocam porque precisam (os
migrantes da fome, os exilados) e há os que se des-