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XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE

DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS

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EIXO 11 – PAULO FREIRE EM DIÁLOGO COM OUTROS(AS) AUTORES(AS)

dos, impondo a estes sua visão de mundo enquanto

lhes freiam a criatividade, ao inibirem sua expansão

Neste sentido, a invasão cultural, indiscutivelmente

alienante, realizada maciamente ou não, é sempre

uma violência ao ser da cultura invadida, que perde

sua originalidade ou se vê ameaçado de perdê-la

Por isto é que, na invasão cultural, como de resto

em todas as modalidades da ação antidialógica, os

invasores são os autores e os atores do processo,

seu sujeito; os invadidos, seus objetos. Os invasores

modelam; os invadidos são modelados. Os invaso-

res optam; os invadidos seguem sua opção. Pelo

menos é esta a expectativa daqueles. Os invasores

atuam; os invadidos têm a ilusão de que atuam, na

atuação dos invasores.(FREIRE, 2013, p. 205)

Isso não é e nunca será um propósito, nem sequer

consequência, de uma verdadeira educação libertadora.

O trabalho dos estudantes feito com participação

constituída do significado que Paulo Freire lhe atribui: cons-

tituído de práxis, estimula a reflexão da ação, conduzindo os

estudantes a uma constante reflexão do que eles realizaram

e realizam. Isto, quando feita em coletivo, discutindo e sinte-

tizando, permite que seja criado material didático que pos-

sa servir como contribuição para a formação dos próximos

educandos bem como para os próprios que o fizeram, sendo

útil de diversas maneiras, entre elas, pensar sua construção

como pessoa e como coletivo o que viabiliza a projeção de

novas ações baseadas nesse pensamento e produção, confi-

gurando estes estudantes como sujeitos históricos.

A participação dos estudantes na ação criativa pressu-

põe e gera conhecimento. Conhecer a realidade, a história

e os possíveis rumos. Com isso o então estudante tem total

propriedade para fazer a política. Não está mais no cam-

po do sujeito passivo, onde outros discutem e formulam a

política enquanto ele segue o que lhe é imposto. Ele tem

competência e propriedade para discutir e fazer política

(participar verdadeiramente) de modo que, em coletivo, as

demandas e interesses sejam discutidos com fundamentos

concretos de quem se constitui sujeito daquela realidade.