XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE
DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS
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EIXO 11 – PAULO FREIRE EM DIÁLOGO COM OUTROS(AS) AUTORES(AS)
Para esta participação aqui discutida é interessante re-
lacionar o estudante com a realidade do seu território. Que
trabalhe de acordo com sua situação de vida, uma escola
que não prepare o estudante para outra escola, ou que lhe
faça tão somente um vendedor de sua mão de obra
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(objeti-
ficando-o para o trabalho alienado), mas que seja composta
em toda ela de práxis que forme o estudante para sua rea-
lidade e que possa, empregando a sua formação, trabalhar
em comunhão com esta. A comunhão exige a verdadeira
participação. A comunhão da escola-trabalho e a comunhão
entre homens e mulheres exige que, para se concretizar
como comunhão, os sujeitos pensem juntos, reflitam jun-
tos e trabalhem juntos, em uma palavra: participem. Assim
caminha à construção do sujeito histórico, que, se reconhe-
cendo como ser inconcluso, busca ser mais, busca, através
das condições materiais, reinventar-se. Encontra a mudan-
ça através da práxis. Enquanto, na educação bancária, en-
contra-se submerso na permanência por não se reconhecer
como sujeito histórico, impossibilitando-o assim, de fazer o
movimento de transformar-se (FREIRE, 2013, p. 102).
A importância dessa participação implica no entendi-
mento acerca do impacto e responsabilidade do trabalho
da pessoa, sujeito de participação, na história de seu povo e
sua integração na ação transformadora e criadora. Na busca
pela educação libertadora, há embates no que se diz respei-
to às questões ideológicas associadas aos estudantes cau-
sadas pela educação bancária, educação esta que não esta-
belece relação entre o estudo e o ato produtivo no âmbito
da ação transformadora emancipatória. A educação bancá-
ria relaciona o estudo com o trabalho alienado, o trabalho
não reflexivo, não esclarecido, um trabalho que não serve, se
não, como maneira de se chegar ao salário e garantir a so-
brevivência do trabalhador e da trabalhadora. Constitui-se
uma tarefa do educador revolucionário esclarecer e conven-
cer os estudantes da importância que há no diálogo entre o
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Ver o primeiro Manuscrito Econômico-Filosófico de Karl Marx, sobre o
trabalho alienado.