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EIXO 11 – PAULO FREIRE EM DIÁLOGO COM OUTROS(AS) AUTORES(AS)
XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE
DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS
participação, não seria, senão, uma ilusão pretensiosa para
se perpetuar a organização entre opressores e oprimidos.
O texto tem como objetivo investigar o significado da
palavra participação em Paulo Freire através do contexto da
Pedagogia do Oprimido, viabilizando entender o emprego
da palavra no âmbito da educação bancária e da educação
libertadora. Tais investigações servem como base para análi-
se do paralelo em que correm os dois significados.
Desnudando a palavra é possível compreender suas
aplicações e implicações. Com este propósito a metodolo-
gia adotada foi buscada na tese de Agostinho da Silva Rosas
(2008), onde, se faz um exercício de codificação-decodifica-
ção-codificação, partindo do concreto, analisando este con-
creto e então voltando para o concreto num movimento de
síntese entre concreto e abstração. Este artigo trabalha com
este método aplicando-o na observação da palavra parti-
cipação para Paulo Freire em Pedagogia do Oprimido em
cada contexto do seu emprego, viabilizando o entendimen-
to do objeto para construção da análise.
Para seguir no sentido deste método foi elaborada
uma tabela
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com o número de citações em que aparece a
palavra ‘participação’ e suas derivações inseridas no contex-
to da passagem no texto, as próprias citações e as páginas
onde elas podem ser localizadas.
PARTICIPAÇÃO EM PEDAGOGIA DO OPRIMIDO
O entendimento da relação de dois significados distin-
tos de uma mesma palavra tem sua importância descoberta
na finalidade de cada significado, afinal, a quem e ao quê
serve a participação da educação bancária, a que Paulo Frei-
re chama de pseudo-participação? Por outro lado, a quem e
ao quê serve a participação a qual Paulo Freire lhe atribui a
essência de engajamento (FREIRE, 2013, p. 78)?
Pseudo-participação e participação como engajamen-
to são significados antagônicos de uma mesma palavra.
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Anexo