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EIXO 11 – PAULO FREIRE EM DIÁLOGO COM OUTROS(AS) AUTORES(AS)
XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE
DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS
lando-se e se submetendo ao outro, tendo assim a cultura
do silêncio, ou seja, uma consciência de dependência, onde
o dominado precisa do dominador para ter voz, ou ser sua
voz. Nesse caso a interação ocorre de forma passiva, numa
educação bancaria, onde a única voz que tem consciência é
a do professor e apenas ele tem o conhecimento. ...a gente
percebe nos alunos depois, já maiores, que – quando são
convidados a participar, a atuar; quando algum professor
cria condições em sala de aula para que participem ativa-
mente - eles já foram de tal forma massacrados em termos
de espontaneidade, de impulso para a ação de aprender,
que praticamente começam a engatinhar na frente da gen-
te. [...] Isso a gente vê, muitas vezes, até na universidade...
(FREIRE, 2001, p.88). Nesse ambiente passivo a consciência
poderá ficar sempre na curiosidade ingênua, é necessário
mudar tal ambiente para que os sujeitos sejam levados à
conscientização, o que ...implica que se passe da esfera es-
pontânea de apreensão da realidade para uma esfera crítica
[...] homem assume um posicionamento epistemológico [...]
Quanto mais nos conscientizamos, mais “desvelamos” a rea-
lidade [...] Ela não pode existir fora da práxis, ou seja, fora
do ato “ação-reflexão”.
Ressalta-se, assim, que a interação
para Paulo Freire não pode ser de modo passivo, pois se as-
sim o for, a aprendizagem e a criticidade se desvanecem na
voz do outro, a voz do outro se torna a única verdade. Indo
contra esse ensino passivo, Freire propõe então a educa-
ção problematizadora, onde o sujeito torna-se ativo, ques-
tionador, curioso, partindo da curiosidade ingênua para a
epistemológica, tendo consciência daquilo que sabe e do
que quer saber, do que quer ser e que todos estão em um
inacabamento, em um processo contínuo de construção do
conhecimento de si mesmo.
LINGUAGEM, CIÊNCIA E DIÁLOGO: CONTRIBUIÇÕES DE
PAULO FREIRE
A partir do século XIX, ganham projeção os estudos
sobre a linguagem e sua importância para a ciência. Tais