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EIXO 11 – PAULO FREIRE EM DIÁLOGO COM OUTROS(AS) AUTORES(AS)

XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE

DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS

tes avanços proporcionam enviar mensagens e informações,

criar uma interação em tempo real, divulgação em rede,

tudo isso pode ser um caminho “freireano” de uso crítico,

social e político.

O diálogo é o ato de libertação para a consciência

crítica segundo Paulo Freire, em Pedagogia do Oprimido,

que traz a concepção de educação bancária, definida como

aquela educação em que o professor, constituindo-se o de-

tentor do conhecimento, transfere (sem perda) todo seu

conhecimento aos alunos, que por sua vez não têm quais-

quer questionamentos ou conhecimentos prévios, ocorrendo

então uma aprendizagem que ele denomina passiva. Nesse

ambiente só há a interação do tipo professor conteúdo, se

ministra a aula de modo totalmente expositivo. Freire (2001)

apresenta quatro formas de ensino expositivo: A primeira é

descrita como pura transferência do conhecimento: o profes-

sor assume uma postura autoritária e assim tenta transferir

seu conhecimento aos alunos. A segunda é constituída de

“cantigas de ninar” (FREIRE, p.112, 2001): o professor expõe

o conhecimento não de forma autoritária, mas também não

desperta qualquer desafio e não estimula o aflorar da criativi-

dade. Na terceira há um período de exposição e o restante do

tempo da aula é reservado às discussões, com perguntas que

os alunos podem relacionar ao conteúdo. Na quarta forma o

professor não realiza nenhuma interação com os alunos, mas

ele mesmo se questiona várias vezes acerca do tema, mostra

o desenvolvimento de seu raciocínio e cabe aos alunos “ter a

capacidade crítica de acompanhar o movimento que o pro-

fessor faz, na aproximação que ele busca do tema” (Ibidem, p.

113). As duas primeiras são práticas que não levam desafios

aos alunos e as duas últimas, apesar de serem expositivas, es-

timulam o aluno a pensar, provocam inquietação e ainda que

seja sem interação, são demonstradas aos alunos o modo de

raciocinar, a maneira da construção, evolução e lógica de uma

ideia. Indo além desse enfoque de ensino, Freire concebe que

tanto o educador quanto o educando se ensinam juntos, am-

bos em sua interação se educam, ocorrendo assim o diálogo