XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE
DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS
1167
EIXO 8 – PAULO FREIRE E A FORMAÇÃO DE PROFESSORES(AS)
AÇÕES DE PESQUISA PARA LER
PAULO FREIRE NA ATUALIDADE
Ana Maria Saul
1
Alexandre Saul
2
Fernanda Quatorze Voltas
3
A ATUALIDADE DO PENSAMENTO DE PAULO FREIRE
Freire é o mais importante pedagogo de língua
portuguesa do século XX. A sua vida e a sua obra
impõem-no como uma referência obrigatória, uma
vez que transporta memórias e conceitos essenciais
para o esforço científico de pensar a educação e a
escola. (NÓVOA, 1998, p. 172).
Nascido no Recife, em 1921, Paulo Freire é autor de
mais de 20 livros e reconhecido internacionalmente como
um dos maiores educadores do Século XX. Em 2012 foi de-
clarado Patrono da Educação brasileria
4
.
Perseguido politicamente pelo regime militar, que
se instalou no Brasil com o golpe de 1964, Paulo Freire foi
obrigado a se exilar
5
em diversos países, nos quais suas ex-
periências de educação se desdobraram e aprofundaram,
inspirando um número expressivo de ações e projetos a fa-
1
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Programa de Pós-Gradua-
ção em Educação: Currículo,
anasaul@uol.com.br2
Universidade Católica de Santos, Programa de Pós-Graduação Stricto Sen-
su em Educação,
asaul@unisantos.br3
Universidade de São Paulo, Programa de Pós-Graduação em Educação,
fernanda14voltas@hotmail.com4
Lei federal nº 12.612, de 13 de abril de 2012.
5
Em 1964, Paulo Freire, então membro da Comissão Especial do Programa
Nacional de Alfabetização, do Ministério da Educação, foi encarcerado por
70 dias devido ao golpe militar de março daquele ano. Após ser libertado,
na impossibilidade de continuar desenvolvendo seus trabalhos no Brasil e
sob risco de perder a vida, decide exilar-se. Somente com a anistia política,
iniciada em 1979, Freire pôde retornar ao país, em 1980. Ao longo desse
período de afastamento forçado, no Brasil, seu pensamento foi distorcido
e considerado perigoso por desafiar o autoritarismo e as injustiças impos-
tas pelos grupos que detinham o poder político-econômico.