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EIXO 7 – PAULO FREIRE E A EDUCAÇÃO POPULAR (AMBIENTES DIVERSOS)
XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE
DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS
Nessa perspectiva, o diálogo crítico-problematizador
que faz relação hegemonia-contrahegemonia para construir
uma nova hegemonia. Na acepção de Freire o novo nasce
da resistência e da luta e, portanto, necessita de uma relação
político-pedagógica.
Além disso, o diálogo implica compromisso. Esse
compromisso é a favor de algo e de alguém. A educação
enquanto uma práxis social não admite uma educação re-
mediada, burguesa e mercantilizada. O compromisso da
Educação Popular é com o povo e a favor de uma educação
humanizadora que contribua para transformar o mundo que
nos cerca. Assim, a concepção de resistência em Educação
Popular vai discutir criticamente as redefinições do papel do
Estado não só nas suas influências nos contextos educacio-
nais, mas suas relações aos demais contextos sociais.
As agendas políticas do Estado (políticas e projetos)
deveriam fazer parte da vida cotidiana da educação escolar,
porque o mercado considera a educação como mercadoria
assumindo um papel estratégico na construção e fortaleci-
mento de um projeto neoliberal a partir da hegemonia do
capital. Além disto, ao investir na educação para o mercado
busca combater as ideias contra-hegemônicas. Historica-
mente, a educação foi tratada como área isolada/afastada da
economia, e, portanto, as pautas oriundas de um projeto so-
cietário causavam estranheza às discussões educacionais. O
objetivo de uma educação mercadológica é exatamente esse,
o de afastar as demandas e temas da realidade concreta das
pessoas da escola, porque assim o controle via silenciamento
e alienação possibilita a formação de mão de obra barata,
além de pessoas ingênuas quanto a sua situação de vida.
As resistências educativas que são políticas, devem es-
tar consubstanciadas por teorias e práticas de embate con-
tra as políticas educacionais sustentada pela teoria do livre
mercado. A partir da égide empresarial e dos preceitos neo-
liberais a educação passa a ser um instrumento necessário
para a manutenção do modelo de organização societal capi-
talista, dominador e opressor. Para Freire é essa a estratégia: