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VI SIMPÓSIO INTERNACIONAL DESIGUALDADES, DIREITOS E POLÍTICAS PÚBLICAS:

GÊNERO, INTERSECCIONALIDADES E JUSTIÇA

SÃO LEOPOLDO-RS – UNISINOS, 27 A 29 DE NOVEMBRO DE 2018

GT2:

MULHERES NEGRAS RESISTEM: ANÁLISES SOBRE PROTAGONISMOS FEMININOS E NEGROS NO CONTEXTO LATINO-AMERICANO

de gênero, este grupo é considerado civilizado

e, portanto, plenamente humano. Segundo a

noção colonial de humanidade propõe-se neste

caso uma forte relação com o capitalismo colo-

nial e imperialista, onde estabelece às mulheres

não brancas uma posição inferior, consideradas

como não humanas. A noção de humanidade

na perspectiva colonial constrói-se, centrada no

homem branco, burguês, heterossexual, e cabe-

ria ainda, cisgênero.

O processo da investigação está permi-

tindo compreender que entre alguns efeitos da

manutenção de heranças coloniais no contem-

porâneo, o universalismo da categoria de mulher

permanece reatualizando-se, sendo este direta-

mente relacionado à ideia de raça como efeito

dos processos de hierarquização racial. Assim, a

colonialidade como a lógica que sobreviveu ao

colonialismo, produz a condição de desumaniza-

ção das mulheres negras e indígenas. No contexto

das políticas públicas, ao negligenciarem a com-

plexidade que atravessa a vida dessas mulheres,

tal lógica resulta em práticas que promovem des-

cuidado e acentuam desigualdades.

Palavras-chave:

Colonialidade, políticas públicas,

cartografia

REFERÊNCIAS

LUGONES, María. Rumo a um feminismo descolo-

nial.

Revista Estudos Feministas

, Florianópolis,

v. 22, n. 3, set. 2014. p. 935-952.

ZAMBENEDETTI, Gustavo; SILVA, Rosane Azevedo

Neves da. Cartografia e genealogia: apro-

ximações possíveis para a pesquisa em psi-

cologia social.

Psicol. Soc

., Florianópolis, v.