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VI SIMPÓSIO INTERNACIONAL DESIGUALDADES, DIREITOS E POLÍTICAS PÚBLICAS:
GÊNERO, INTERSECCIONALIDADES E JUSTIÇA
SÃO LEOPOLDO-RS – UNISINOS, 27 A 29 DE NOVEMBRO DE 2018
GT7: DIREITOS HUMANOS E DESIGUALDADES SOCIAIS
negras, esta violência teve um crescimento de
54,2%, demonstrando que os direitos e serviços de
prevenção, promoção e acompanhamento são
acessados por algumas mulheres, mas não por
todas as que sofrem violências. Diante de dados
tão impactantes, mostramos a relevância de dis-
cutir as interseccionalidades como raça e esco-
laridade junto ao tema da violência de gênero.
Este estudo busca visibilizar as questões que afe-
tam as mulheres de forma brutal, mas, ainda mais
duramente, as mulheres negras no Brasil. Este tra-
balho é oriundo do Trabalho de Conclusão de
Curso na Especialização em Saúde Pública em
fase de finalização na Escola de Saúde Pública
do Rio Grande do Sul e se propõe a problematizar
as condições de possibilidade de acesso de dife-
rentes mulheres às políticas públicas de enfrenta-
mento à violência de gênero. Partindo de uma
perspectiva interseccional, o trabalho apresenta
quais os perfis que costumam acessar esses servi-
ços e quais estão ausentes dos mesmos. Assim, se
propõe a refletir acerca dos desafios enfrentados
pelas mulheres em acessar as políticas de prote-
ção e de combate às violências, que hoje estão
cada vez mais sucateadas e com orçamento
reduzido. O presente trabalho investiga especifi-
camente a experiência do Centro de Referência
para Mulheres Vítimas de Violência Patrícia Esber,
localizado no município de Canoas, Região Me-
tropolitana de Porto Alegre, Rio Grande do Sul,
sendo este um serviço de referencia, que che-
gou a ser considerado pela Secretaria de Políti-
cas para Mulheres do Governo Federal o serviço
modelo. Nesta pesquisa é utilizada metodologia
quanti-quali, isto é, a partir de dados informados
e coletados nas Notificações Compulsórias da