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VI SIMPÓSIO INTERNACIONAL DESIGUALDADES, DIREITOS E POLÍTICAS PÚBLICAS:

GÊNERO, INTERSECCIONALIDADES E JUSTIÇA

SÃO LEOPOLDO-RS – UNISINOS, 27 A 29 DE NOVEMBRO DE 2018

GT7: DIREITOS HUMANOS E DESIGUALDADES SOCIAIS

doces e revenda de roupas) que de fato desen-

volvem a independência financeira.

Ainda assim, as possibilidades da titularida-

de feminina no programa de transferência de ren-

da Bolsa Família sobre a capacidade de agência

e emancipação das mulheres das situações de

violência nas relações conjugais são condiciona-

das por fatores de ordem cultural e pessoal, liga-

dos, por exemplo, à compreensão dessas situa-

ções como violações de direitos, à independência

emocional frente ao companheiro, às redes de

apoio pessoal e de serviços com que as mulheres

contam e as diferentes opressões interseccionais a

que estão sujeitas.

Os resultados estão sendo analisados através

de um arcabouço conceitual que está articulan-

do a Teoria da Justiça de Nancy Fraser (2001) e a

Teoria das Capacidades Humanas de Amartya Sen

(2000). A partir desta articulação teórica se eviden-

cia que enquanto o gênero se constitui em uma

coletividade que sofre tanto de injustiça cultural,

como de injustiça econômica, privando as mulhe-

res de liberdade, os bens distribuídos por uma políti-

ca de transferência de renda podem se converter

em capacidades no reconhecimento das desigual-

dades de gênero e na emancipação das mulheres

das situações de violência nas relações conjugais.

Palavras-chave:

Violência contra mulheres; Pobre-

za; Transferência de renda.

REFERÊNCIAS

SEN, Amartya.

Desenvolvimento como liberdade

.

São Paulo: Companhia das Letras, 2000.

FRASER, Nancy. Da redistribuição ao reconheci-

mento? Dilemas da Justiça na era pós-so-