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VI SIMPÓSIO INTERNACIONAL DESIGUALDADES, DIREITOS E POLÍTICAS PÚBLICAS:

GÊNERO, INTERSECCIONALIDADES E JUSTIÇA

SÃO LEOPOLDO-RS – UNISINOS, 27 A 29 DE NOVEMBRO DE 2018

GT1: DINÂMICAS DE GÊNERO E ESTUDOS FEMINISTAS EM CONTEXTOS AFRICANOS E AFRO-BRASILEIROS

AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DA

VIOLÊNCIA LETAL DE GÊNERO: UMA

ANÁLISE DA CLASSIFICAÇÃO DE UM

HOMICÍDIO COMO FEMINICÍDIO

Roberta Silveira Pamplona

(Mestranda do PPG - Sociologia da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul)

No contexto brasileiro, a taxa de feminicídios

é de 4,8 para 100 mil mulheres, colocando o país

na quinta posição do mundo nesse tipo de homi-

cídio, segundo dados da Organização Mundial da

Saúde (2015). O alto índice de morte de mulheres

fez o país promulgar a Lei 13.104/2015 que introdu-

ziu um novo tipo de homicídio no Código Penal:

o feminicídio. Assim, o processo de visibilidade da

violência contra mulheres é perpassado, simulta-

neamente, por um processo de criminalização

dessa violência. Diante disso, o presente trabalho,

que é fruto de pesquisa de Mestrado em anda-

mento

1

, busca propor um arcabouço teórico-me-

todológico para a compreensão da classificação

de um homicídio no tipo penal específico do femi-

nicídio nos inquéritos policiais.

Sobre o tema, importa retomar que o termo

feminicídio possui uma origem latino-americana

que o diferencia do termo feminicídio (

femicide

)

pelo reconhecimento da responsabilidade do Es-

tado perante essas mortes (FREGOSO; BEJARANO,

2011). A caracterização do conceito de feminicí-

1 A pesquisa, ainda em andamento, e desenvolvida no Progra-

ma de Pos-Graduaçao em Sociologia da Universidade Federal

do Rio Grande do Sul, sob orientaç

ã

o da Profa. Dra. Roche-

le Fachinetto, com apoio da Conselho Nacional de Pesquisa

(CNPQ).