Table of Contents Table of Contents
Previous Page  45 / 638 Next Page
Information
Show Menu
Previous Page 45 / 638 Next Page
Page Background

45

VI SIMPÓSIO INTERNACIONAL DESIGUALDADES, DIREITOS E POLÍTICAS PÚBLICAS:

GÊNERO, INTERSECCIONALIDADES E JUSTIÇA

SÃO LEOPOLDO-RS – UNISINOS, 27 A 29 DE NOVEMBRO DE 2018

GT1: DINÂMICAS DE GÊNERO E ESTUDOS FEMINISTAS EM CONTEXTOS AFRICANOS E AFRO-BRASILEIROS

ARTICULAÇÕES DE GÊNERO,

RAÇA NO CARNAVAL DA

FRONTEIRA OESTE GAÚCHA

Loise Patricia Vidal da Nova

(Tuna/Unipampa)

Alinne de Lima Bonetti

(Tuna/Unipampa)

Evento de suma relevância nacional, o car-

naval se configura como uma das principais marcas

da identidade nacional (FRY, 1982). EmUruguaiana,

cidade da fronteira oeste do Rio Grande do Sul, a

quase 700 quilômetros de distância da capital gaú-

cha, esta festividade ganha contornos particulares.

Cidade de forte cultura tradicionalista gaúcha, tem

também uma forte tradição carnavalesca, desde,

pelo menos, a década de 1920, com clubes negros

e seus blocos e cordões e, logo depois na 1950 com

desfiles de rua, a partir da chegada de grande

contingente de fuzileiros navais oriundos do estado

do Rio de Janeiro em sua maioria. Desde meados

dos anos 2000, em função de questões judiciais en-

volvendo uma das 12 escolas de samba locais, o

carnaval a começou a acontecer fora do período

tradicional, passando a ser conhecido como fora

de época, geralmente ocorrendo no mês de mar-

ço. Ao longo do ano as agremiações se preparam

para o carnaval, com ensaios, criação de fanta-

sias, carros alegóricos, sambas-enredos, etc.

Na pesquisa etnográfica em andamento

realizada no contexto das festas de lançamento

dos enredos das cinco escolas de samba do grupo

especial de Uruguaiana para o carnaval de 2019,

acerca da figura das passistas das escolas de sam-