Table of Contents Table of Contents
Previous Page  289 / 638 Next Page
Information
Show Menu
Previous Page 289 / 638 Next Page
Page Background

289

VI SIMPÓSIO INTERNACIONAL DESIGUALDADES, DIREITOS E POLÍTICAS PÚBLICAS:

GÊNERO, INTERSECCIONALIDADES E JUSTIÇA

SÃO LEOPOLDO-RS – UNISINOS, 27 A 29 DE NOVEMBRO DE 2018

GT5: REPRESENTAÇÃO POLÍTICA, JUVENTUDE E GÊNERO

outras formas de existência. Isso perpassa questões

de raça e etnia, classe, territorialidade e diferentes

concepções de gênero. Por exemplo, o coletivo

não percebe e não explora o fato de que em seu

meio social existem pessoas que expressam gênero

de modo que foge do binarismo e do determinis-

mo entre gênero e sexo biológico. Questões como

esta nos remetem ao que dizem Butler (2010) e

Scott (1995) ao afirmarem que a lógica binária e a

dicotomia sexo-gênero pautam as relações sociais

e que, consequentemente, indivíduos que fogem

dessa expectativa podem acabar excluídos. Tal ex-

clusão é tão complexa que pode ser vista até mes-

mo nos próprios espaços de lutas contra as iniqui-

dades com base em gênero.

Conclusão

: As jovens

participantes da pesquisa reconhecem a falta de

diversidade na construção do coletivo, falta esta

que revela desigualdades dentro do próprio movi-

mento, e que faz com que nem sempre consigam

perceber as diferentes formas de viver em termos

de gênero, que acabam ficando de fora do coleti-

vo, sem lugares propícios para fala. Com isso, levan-

tam-se questões importantes, como a necessidade

de ampliar a compreensão e a representatividade,

de modo geral, para fortalecer o ativismo juvenil,

abranger a diversidade que deveria estar contem-

plada nas propostas feministas e dar visibilidade a

outros modos de viver.

Palavras-chave:

Diversidade de gênero.

Feminismo. Estudantes.

REFERÊNCIAS

BUTLER, Judith.

Problemas de gênero: Feminismo e

subversão de identidade

. Tradução de Re-

nato Aguiar. Rio de Janeiro: Civilização Bra-

sileira, 2010.