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VI SIMPÓSIO INTERNACIONAL DESIGUALDADES, DIREITOS E POLÍTICAS PÚBLICAS:
GÊNERO, INTERSECCIONALIDADES E JUSTIÇA
SÃO LEOPOLDO-RS – UNISINOS, 27 A 29 DE NOVEMBRO DE 2018
GT5: REPRESENTAÇÃO POLÍTICA, JUVENTUDE E GÊNERO
so histórico do coletivo.
Principais contribuições:
O
material construído está em processo de análise,
mas a partir dos resultados, podemos inferir que o
coletivo de estudantes participante da pesquisa
tem dois focos distintos em suas ações, sendo um
deles fortalecer e empoderar outras jovens, crian-
do espaços de união e ajuda mútua no contex-
to escolar. O outro foco de seu trabalho tem sido
confrontar discursos e atitudes machistas e sexistas
em seu cotidiano como forma de promover mu-
danças. A alteridade pode ser definida como as
relações de diferença que se estabelecem entre o
eu
e o
outro
, relações estas de intersubjetividade,
que tornam possível a construção dos sujeitos e do
mundo social (JOVHCELOVITCH, 1998). É nas rela-
ções entre os grupos sociais, com diferentes posi-
cionamentos e interesses, que os sentidos que se
atribuem ao mundo são negociados, sendo que
estes sentidos embasam as ações, lutas e projetos
dos sujeitos e coletivos em relação ao futuro (JOV-
CHELOVICTH, 1998). Entendemos que as estudan-
tes participantes levam em conta as relações de
alteridade em seu meio, pois em sua luta contra
as iniquidades de gênero, buscam não apenas o
diálogo entre si, e com aquelas/es a quem iden-
tificam como parceiras/os, mas também ao diá-
logo com aqueles/as que buscam se diferenciar
das práticas feministas. O conflito é parte essencial
neste processo. O conflito desestabiliza o poder
institucional, abrindo caminho para que as mino-
rias possam apresentar novas representações do
mundo, e assim provocar mudanças (HERNANDEZ,
2010). Ao entrar em conflito intencionalmente com
normas socialmente aceitas e naturalizadas que
produzem iniquidades, o coletivo, entendido aqui
como “minoria ativa” (MOSCOVICI, 2011), busca