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VI SIMPÓSIO INTERNACIONAL DESIGUALDADES, DIREITOS E POLÍTICAS PÚBLICAS:

GÊNERO, INTERSECCIONALIDADES E JUSTIÇA

SÃO LEOPOLDO-RS – UNISINOS, 27 A 29 DE NOVEMBRO DE 2018

GT3: GÊNERO, RAÇA E TRABALHO

opressões vivenciadas por mulheres não somente

por questões de gênero, mas também se perce-

be como essas mesmas opressões adquirem novas

formas diante da junção com aquelas advindas

da raça. Como afirma Collins (2015, p.18), “em

essência, se juntássemos as diferentes opressões,

teríamos uma opressão maior do que a soma de

suas partes.” Essa expansão se faz necessária dian-

te de movimentos sociais como os de trabalhado-

ras rurais por levar em consideração que essas mu-

lheres vivenciam um sistema de opressão múltiplo.

Para a reflexão em questão, foram identificados

e selecionados estudos sobre movimentos rurais

autônomos de mulheres no Brasil. O levantamen-

to bibliográfico foi realizado na Biblioteca Digital

Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD), disponí-

vel em

http://bdtd.ibict.br/vufind/,

por meio dos

descritores “Movimento de Mulheres Trabalhado-

ras Rurais”, “Movimento de Mulheres Agricultoras”,

“Movimento de Mulheres Camponesas”, tendo em

vista as nomeações que os movimentos sociais de

trabalhadoras rurais assumiram no contexto brasi-

leiro. Pelo procedimento de busca, foram selecio-

nados e analisados 50 trabalhos (35 dissertações

e 15 teses), distribuídos entre 24 Instituições de En-

sino Superior e 29 Programas de Pós-Graduação.

Dentre os trabalhos selecionados, apenas um de-

les abordou a interseccionalidade gênero e raça

no contexto do Movimento de Mulheres Cam-

ponesas (MMC). Essa questão gera uma reflexão

acerca dessa (in) visibilidade, pois nos movimentos

estudados, de forma explicita ou não, a intersec-

ção é problematizada, mas no conjunto de estu-

dos selecionados praticamente não é abordada.

Trata-se de uma questão que está posta, mas não

aparece. O Movimento de Mulheres Campone-