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VI SIMPÓSIO INTERNACIONAL DESIGUALDADES, DIREITOS E POLÍTICAS PÚBLICAS:

GÊNERO, INTERSECCIONALIDADES E JUSTIÇA

SÃO LEOPOLDO-RS – UNISINOS, 27 A 29 DE NOVEMBRO DE 2018

GT3: GÊNERO, RAÇA E TRABALHO

gando salários mais justos, respeitando a diversida-

de sexual e de gênero, cuidando efetivamente da

saúde do trabalhador, etc. Ou seja, a motivação

se manifesta como algo que deve proceder do

trabalhador visto que ele deve “merecer” conti-

nuar trabalhando na empresa a partir dos seus es-

forços e resultados. Assim, fica claro que “a adap-

tabilidade e a flexibilidade são exigidas em mão

única: cabe ao homem adaptar-se ao tempo da

empresa e não o inverso” (GAULEJAC, 2007, p. 78).

Como no gerencialismo o trabalhador é

considerado somente um recurso da organização,

as questões de como está a saúde mental desses

indivíduos, ou de como ele sente seus esforços

desvalorizados pelos seus empregadores nunca

ganham destaque na volatilidade do ambiente

corporativo, o que contribui intensamente para

a degradação do trabalho. A literatura pop ma-

nagement tem assumido o papel de propagar e

reforçar essas ideias, já que seus textos trazem exa-

tamente o que a cultura de negócios prega sem

nenhum questionamento crítico a respeito destes

outros assuntos.

Palavras-chave:

Gerencialismo. Pop

Management. Flexibilização do Trabalho.

REFERÊNCIAS

GAULEJAC, Vincent de.

Gestão como doença so-

cial:

ideologia, poder gerencialista e frag-

mentação social. São Paulo: Ideias e Letras,

p. 7-142, 2007.

WOOD JR, Thomaz; PAULA, Ana Paula Paes de. A

mídia especializada e a cultura do mana-

gement.

Organizações & Sociedade

, v. 13,

n. 38, p. 91-105, 2006.