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VI SIMPÓSIO INTERNACIONAL DESIGUALDADES, DIREITOS E POLÍTICAS PÚBLICAS:
GÊNERO, INTERSECCIONALIDADES E JUSTIÇA
SÃO LEOPOLDO-RS – UNISINOS, 27 A 29 DE NOVEMBRO DE 2018
GT2:
MULHERES NEGRAS RESISTEM: ANÁLISES SOBRE PROTAGONISMOS FEMININOS E NEGROS NO CONTEXTO LATINO-AMERICANO
invisibilidade são rompidos e os silêncios quebra-
dos, a partir de um espaço de escuta sensível, no
intuito de visibilizar as narrativas e trajetórias dessas
professoras negras lésbicas, possibilitando refletir
sobre a interseccionalidade, oportunizando uma
visão abrangente de como raça, classe, gênero
e sexualidade enquanto categorias de análise po-
dem ser utilizadas como categorias de ligação e
conexão para construirmos empatia em processos
intelectuais de perceber como a branquitude e a
heterossexualidade são valorizadas em símbolos e
instituições, moldando biografias. E desse modo,
realizar uma pesquisa histórica na medida em que
a abordagem insterseccional desnude caminhos
para reconstruirmos as experiências vividas, o po-
sicionamento histórico, as compreensões culturais
e a construção social das professoras negras lésbi-
cas no ensino público, por meio da investigação
de dimensões nunca perscrutadas da experiência
e vivência feminina negra lésbica, expondo, até
mesmo, a diferença entre as professoras negras
lésbicas, evadindo-se, dessa forma, generaliza-
ções. A partir das elaborações de Azeredo (1994)
e Carneiro (2001), as ativistas negras brasileiras
adotaram como um dos eixos prioritários a raça,
para formular um ponto de vista feminista, situan-
do como tema de investigação, as experiências
das mulheres negras com o racismo. Entretanto, é
preciso reconhecer os diferentes eixos de opressão
que se configuram e produzem um misto de discri-
minação a grupos distintos de mulheres e dos luga-
res que estas ocupam, como no caso das profes-
soras negras lésbicas, inseridas no espaço escolar
onde as desigualdades estruturais se aprofundam
e cristalizam (DUBET, 2008). As questões que nor-
teiam este trabalho são: há um lugar para as pro-