XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE
DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS
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EIXO 15 – PAULO FREIRE E AS INFÂNCIAS
o projeto busca, a partir de histórias infantis, propiciar às
crianças a oportunidade de expressarem e (re)construírem-
-se como pessoas no mundo.
Por suas ações o projeto se configura como atividade
de extensão, porém compreendemos que para além da ex-
tensão o “Hora do Conto” atinge pressupostos de pesquisa,
pois, supõe uma forma de ação planejada de caráter social,
educacional, que possibilita as crianças, jovens e adultos,
aguçar sua imaginação, suas relações de pessoas no mundo
e com ele.
Para que uma leitura seja realmente compreendida, é
preciso estabelecer relações com a realidade, pois a apren-
dizagem da linguagem escrita se dá a nível profundo, não
somente no nível de memorização de palavras ou de textos.
Nesse sentido, as histórias infantis podem despertar emo-
ções, posicionamentos e ações para buscar alternativas para
modificar o seu ambiente.
Conforme Craidy & Silva (2001, p. 69) apontam, na in-
fância, percebemos que:
Não eram apenas os textos que prendiam nossa
atenção: o tom de voz de quem contava a histó-
ria (enchendo de vida a personagem), o local onde
nos instalávamos (a cama quentinha, o sofá, uma
almofada macia), a chance de ouvirmos novamente
as partes (ou histórias) que mais gostávamos eram
elementos que nos cativavam, que faziam-nos de-
sejar ouvir mais.
A importância do espaço onde as histórias serão con-
tadas, a forma como elas serão interpretadas são de gran-
de importância para quem está ouvindo, pois criamos uma
situação de sentir-se bem que pode auxiliar a despertar o
desejo em querer apreciar esses momentos de contato com
a leitura e com as contações de histórias, despertando para
um incentivo a leitura.
O ser humano é criador do seu conhecimento, é apren-
diz e sujeito do processo histórico em que vem sendo, sobre-
tudo pela mediação da linguagem, pronunciando a si e a seu
mundo com as palavras que vai aprendendo: primeiramente