XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE
DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS
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EIXO 15 – PAULO FREIRE E AS INFÂNCIAS
que os educadores precisam “[...] transcender sua tarefa me-
ramente instrutiva e assumir a postura ética de um educador
que acredita verdadeiramente na autonomia total, liberdade
e desenvolvimento daqueles que ele ou ela educa” (FREIRE,
2014, p. 116).
RESULTADOS ALCANÇADOS
Este estudo que realizamos, sinalizou que os aponta-
mentos relativos ao princípio da autonomia abordados por
meio de documentos nacionais (1998; 2009) e da bibliogra-
fia na obra de Freire (2017; 2014; 2011; 2006) consultada,
evidenciaram que os documentos nacionais específicos à
Educação Infantil, embora contemplem a discussão sobre a
autonomia, abordam superficialmente essa temática, con-
ferindo linhas gerais quanto a construção de uma proposta
educativa promotora da autonomia enquanto princípio éti-
co que deve ser respeitado pela proposta curricular da Edu-
cação Infantil, mas as discussões enfatizam as relações de
cuidados pessoais, auto-organização e saúde, DCNEI (2009).
Com relação aos RCNEI (1998), as diretrizes contidas
nesta proposta curricular voltada à infância, sinalizam a mes-
ma perspectiva apontada pelas DCNEI (2009), mas ampliam
as discussões para a promoção de espaços de decisão, de
auto-governo no cotidiano da Educação Infantil, chamando-
-nos a atenção que embora as diretrizes, importem muitas
abordagens dos referenciais, este aspecto, no que tange a
promoção de espaços de decisão, de posicionamento e de
organização das atividades que realizam, não foi contem-
plado neste documento.
Em contrapartida, Paulo Freire (2017; 2014; 2011;
2006), autor de uma pedagogia revolucionária e liberta-
dora, recebe até os dias atuais, rótulos que o predestinam
essencialmente à Educação de Jovens e Adultos (EJA) e os
Movimentos Sociais. Autor da Pedagogia Freireana, ofere-
ce grandes contribuições que possibilitam a discussão dos
princípios da autonomia na Educação Infantil, enquanto
amadurecimento do ser para si nas relações sociais e cultu-