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XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE

DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS

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EIXO 9 – PAULO FREIRE: POLÍTICAS PÚBLICAS E A GESTÃO EDUCACIONAL

centive a materialização de um espaço de participação, de

desconcentração do poder e do exercício da cidadania, atra-

vés de mecanismos de participação no âmbito da educação

municipal, como: escolha dos dirigentes escolares, o Con-

selho Escolar, o Conselho de Classe, a Associação de Pais e

Mestres, as relações democráticas de gestão da Secretaria

Municipal de Educação e suas redes de escolas, entre ou-

tros. Para Vieira e Vidal (2015), a gestão democrática é um

princípio orientador da escola pública brasileiras. Para Cury

(2005), o termo gestão vem de “gestio” de “gerere” (trazer

em si, produzir), então não é somente um ato de administrar

um bem fora de si, mas é algo que se traz em si a capacidade

de participação.

Uma educação com enfoque mecanicistas, provinda

de ideologias da modernização com seu protagonismo eco-

nômico, centra-se em objetivos mensuráveis e comparáveis

com enfoque na administração, tem gerado uma política

educacional de resultado. Esse modelo de gestão escolar

absorve práticas gerencialista, propiciando a seus alunos e

aos aparelhos midiáticos que sua escola é eficaz, pois atin-

giu um elevado indicador. Para Lima (2000), os últimos anos

está ocorrendo em praticamente todos os países e sistemas

escolares, o fenômeno de despolitização da organização es-

colar, defendendo a subordinação a ideologias gerencialista

e neo-científica, tradicional, modelo de avaliação inspirados

pela gestão da Qualidade Total.

Esse modelo de gestão tende a tornar-se complexo e

autoritários, distanciando de uma gestão democrática, par-

ticipativa na construção da autonomia. Se faz necessário o

exercício da resistência e construção da escola pública, com-

prometia com os valores de domínio público e um organiza-

ção da democracia e da cidadania, com igualdade e justiça.

São as estruturas administrativa a serviço do poder que cen-

traliza as decisões que “não favorecem procedimentos demo-

cráticos. Um dos papéis da liderança democrática é, precisa-

mente, superar os esquemas autoritários e propiciar tomadas

de decisões de natureza dialógica. (FREIRE, 2000, p. 45).