XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE
DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS
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EIXO 8 – PAULO FREIRE E A FORMAÇÃO DE PROFESSORES(AS)
dividir, sem exagero, minha vida acadêmica em antes e de-
pois de ler Freire. Foi nessa disciplina, também, meu primei-
ro contato com Diário de Pesquisa (BARBOSA; HESS, 2010).
Hoje o diário já faz parte da minha práxis, mas no começo
não foi fácil. Afinal, nunca gostei muito de diários, mas sem-
pre gostei de escrever. Meu crescimento e desenvolvimento
durante a disciplina de Educação Não-formal foi expressivo
com a ferramenta do diário: organizei minhas ideias, dúvi-
das e a aprendi a refletir sobre a ação e também sobre o
movimento de ação-reflexão-ação. No final da disciplina ti-
nha três diários e os outros alunos da turma apenas um.
Os semestres foram passando até reencontrar a edu-
cadora na coordenação do Grupo de Estudos da Pedagogia
(GEPED) do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à
Docência (Pibid) no qual eu era bolsista. Com a sua chega-
da no GEPED me motivei a escrever mais intensamente no
diário, realizei a leitura do livro Pedagogia do Oprimido de
Freire (1987) revisitei outras obras dele e escrevi um resumo
expandido que foi apresentado no XIV Fórum de estudos:
leituras de Paulo Freire, que aconteceu em 2012, na cidade
de Erechim. Este foi um marco na minha história acadêmica:
meu primeiro trabalho científico/acadêmico.
A experiência no Pibid, sob a orientação da orientado-
ra em questão, junto com a formação teórica foi me consti-
tuindo, me marcando, como educadora. Para ilustrar nossa
relação busco um trecho dos agradecimentos do meu TCC
(SOUZA,2014): Foi com essa orientadora que tem para si a
responsabilidade de compartilhar, espalhar e reinventar o le-
gado de Freire, que aprendi/aprendemos a ensinar e vivenciar
alegria no obrigatório e o verdadeiro sentido de
Ser Mais
”.
São momentos, vivências como estas que foram re-
latadas aqui que vão fortalecendo minha/nossa identidade
docente e minha/nossa prática, que vão nos constituindo
não só a professora que vemme/nos tornando, mas também
a pessoa que busco/ ser. E quando uma relação de respei-
to, admiração, parceria e amorosidade se constrói de forma
sincera entre orientandas/os e orientadoras/es há potencial