XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE
DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS
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EIXO 8 – PAULO FREIRE E A FORMAÇÃO DE PROFESSORES(AS)
orientadora de todas as ações da Divisão de Educação de
Jovens e Adultos (DIEJA), responsável pelo delineamento
das políticas de EJA no município.
A opção pela DRE-PJ como campo de estudo apoiou-
-se no fato de que a pesquisadora encontrou, nesse contex-
to, indícios de adesão ao pensamento de Paulo Freire e a
existência de um processo formativo de professores de EJA,
em aparente sintonia com os princípios políticos e pedagó-
gicos propugnados pela DIEJA, no que se refere ao referen-
cial freireano.
A presente pesquisa parte da hipótese de que elemen-
tos do paradigma de formação permanente de Paulo Freire
vêm sendo mantidos e recriados, dada a relevância, a atuali-
dade e as características dessa proposta de formação
12
.
O que buscará demonstrar é que essa proposta não
se extinguiu na rede municipal de São Paulo, ao contrário,
tem ressurgido, em função de condicionantes políticos e es-
truturais, podendo ganhar ou perder força em virtude de
projetos de gestão pública comprometidos com a transfor-
mação social ou com a manutenção das desigualdades, em
diferentes contextos e tempos históricos.
Essa pesquisa pretende responder às seguintes questões:
Que condicionantes políticos e estruturais permitem
que o pensamento de Paulo Freire ressurja nas orientações
da DIEJA (SME) e no trabalho de formação de professores de
EJA da DRE-PJ, na gestão 2013-2016?
Como o pensamento de Paulo Freire vem se concreti-
zando e se recriando nas práticas formativas de professores
de EJA, na DRE-PJ?
A investigação está inserida em uma abordagem qua-
litativa de pesquisa. No bojo dessa abordagem, o “estudo de
caso” mostrou-se como estratégia de pesquisa adequada.
A análise inicial dos dados mostrou que as categorias
freireanas
leitura da realidade, diálogo, participação
e
ava-
liação
, implícitas no paradigma de formação permanente
12 De acordo com Paulo Freire, a formação permanente é aquela que exige a
reflexão crítica sobre a prática, que se faz no coletivo, tendo como centro
o diálogo e como horizonte, a transformação da realidade.