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VI SIMPÓSIO INTERNACIONAL DESIGUALDADES, DIREITOS E POLÍTICAS PÚBLICAS:
GÊNERO, INTERSECCIONALIDADES E JUSTIÇA
SÃO LEOPOLDO-RS – UNISINOS, 27 A 29 DE NOVEMBRO DE 2018
GT1: DINÂMICAS DE GÊNERO E ESTUDOS FEMINISTAS EM CONTEXTOS AFRICANOS E AFRO-BRASILEIROS
ONGs, pode-se destacar a Associação para a So-
lidariedade e Desenvolvimento Zé Moniz. Criada
em 1995, esta ONG intervém na área da promo-
ção dos direitos humanos em Cabo Verde, essen-
cialmente dos presos e luta contra a droga e o al-
coolismo (Guia das ONGs de Cabo Verde, p.84).
Na sequência das ONGs que trabalham em prol
do desenvolvimento sobretudo econômico da
mulher estão presentes atualmente a Associação
Cabo-verdiana da Auto-promoção das Mulheres
(MORABI) e a Organização das mulheres de Cabo
Verde (OMCV).
Presentemente, essas duas ONGs (MORABI
OMCV) que são histórias nos trabalhos voltados ex-
clusivamente para as mulheres, ambas trabalham
em prol da autopromoção da mulher, da igual-
dade e da equidade de Gênero. São ONG, que
juntamente com outras organizações de massa (a
Juventude Africana Amílcar Cabral – Cabo Ver-
de (JAAC-CV), a Organização dos Pioneiros Abel
Djassi de Cabo Verde (OPAD-CV) e os sindicatos),
que foram criadas após a independência e que
serviram como meios de participação com forte
envolvimento da população (ANJOS, 2010).
A partir de uma análise histórica verifica-se
que a OMCV, a primeira ONG surgida no país - foi
criada por um grupo de mulheres que participa-
vam de vários movimentos sociais, inclusive desde
a luta de libertação nacional e que posteriormen-
te vieram a transformar esse organismo em uma
ONG. Verifica-se que mesmo durante a sua tra-
jetória apenas mulheres estiveram na liderança.
Das conclusões parciais deste trabalho pode-se
destacar ainda, a participação das mulheres na
luta de libertação nacional e a discriminação dos
trabalhos em relação aos homens nos mais varia-