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VI SIMPÓSIO INTERNACIONAL DESIGUALDADES, DIREITOS E POLÍTICAS PÚBLICAS:

GÊNERO, INTERSECCIONALIDADES E JUSTIÇA

SÃO LEOPOLDO-RS – UNISINOS, 27 A 29 DE NOVEMBRO DE 2018

GT1: DINÂMICAS DE GÊNERO E ESTUDOS FEMINISTAS EM CONTEXTOS AFRICANOS E AFRO-BRASILEIROS

(PÓS)GOLPE DE 2016 E SUAS

INTER(DIÇÕES): ALGUMAS REFLEXÕES

(IN)DISCIPLINADAS À LUZ DO

PENSAMENTO PÓS(DE)COLONIAL

Esmael Alves de Oliveira

(Universidade Federal da Grande Dourados/MS)

Ao propor como desafio pensar novas pos-

sibilidades a partir do campo pós ou decolonial,

meu intuito é, sobretudo, refletir sobre a potência

subversiva presente no pensamento de algumas/

alguns autoras/es que são vinculadas/os a esse

paradigma e que nos ajudam a compreender al-

guns eventos contemporâneos ocorridos na socie-

dade brasileira do pós-golpe de 2016 para, assim,

quem sabe, criarmos novas estratégias para os en-

frentamentos de velhos dilemas.

Meu diálogo com as autoras e autores pós-

-decoloniais me conduz à seguinte indagação:

em que medida a linguagem (falada, escrita, ex-

pressa, etc.) continua sendo um dos focos privile-

giados do dispositivo colonial? Por meio de uma

leitura (in)disciplinada dessas autoras e autores,

defendo a potência de pensarmos a linguagem

à luz de uma fala subalterna, como nos instiga Spi-

vak (2010), de uma língua selvagem, como nos

provoca Anzaldúa (2009) ou mesmo de uma lin-

guagem como transculturação e/ou zona de con-

tato, como explorada por Pratt (1999).

Inicialmente, um esclarecimento inicial faz-se

necessário: não é meu objetivo neste texto fazer um

apanhando do que se convencionou chamar de

paradigma pós-colonial ou decolonial. Penso que

alguns trabalhos, como o de Frederick Cooper com