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VI SIMPÓSIO INTERNACIONAL DESIGUALDADES, DIREITOS E POLÍTICAS PÚBLICAS:
GÊNERO, INTERSECCIONALIDADES E JUSTIÇA
SÃO LEOPOLDO-RS – UNISINOS, 27 A 29 DE NOVEMBRO DE 2018
GT1: DINÂMICAS DE GÊNERO E ESTUDOS FEMINISTAS EM CONTEXTOS AFRICANOS E AFRO-BRASILEIROS
Ann Laura Stoler (1997) e de Miguel Mellino (2008),
podem ser boas referências para quem deseja co-
nhecer um pouco sobre o contexto de emergência
e os diferentes desdobramentos teórico-conceituais
desse “movimento”. Também não é meu objetivo
apresentar uma discussão sobre os tensionamentos
e discordâncias em torno dessa categoria – afinal
pós-colonial ou decolonial? Influenciado pelas lei-
turas de Michel Foucault (1979), autor caro aos au-
tores e autoras pós-coloniais, faço uso da noção de
dispositivo colonial. A partir de tal noção busco en-
tender o conceito de “colonial” muito menos como
um evento (um antes e um depois), mas como um
conjunto heterogêneo e disperso de normas, prá-
ticas, discursos e epistemes que lutam pela cons-
trução e reiteração de subalternidades ao longo
do tempo. Para este exercício crítico, percorro um
caminho reflexivo, acompanhado por um conjunto
de autoras/es que, apesar de pertencentes a tradi-
ções históricas e culturais distintas, não deixam de
experimentar, a partir de vários marcadores sociais
de diferença (p. e. gênero, raça, nacionalidade),
uma condição de sujeit@s des-centrad@s.
Palavras-chave:
Decolonialidade, Linguagens dis-
sidentes, Pós-Golpe 2016.
REFERÊNCIAS
ANZALDUÁ, Gloria. Como domar uma língua selva-
gem.
Cadernos de Letras da UFF
, 39, p. 297-
309, 2009.
PRATT, Mary Louise.
Os olhos do império
: Relatos de
viagem e transculturação. Bauru/SP: EDUSC,
1999.
SPIVAK, Gaytri.
Pode o subalterno falar?
Belo Hori-
zonte: UFMG, 2010.