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VI SIMPÓSIO INTERNACIONAL DESIGUALDADES, DIREITOS E POLÍTICAS PÚBLICAS:
GÊNERO, INTERSECCIONALIDADES E JUSTIÇA
SÃO LEOPOLDO-RS – UNISINOS, 27 A 29 DE NOVEMBRO DE 2018
GT7: DIREITOS HUMANOS E DESIGUALDADES SOCIAIS
questões de preconceitos serem quebradas, no-
vamente através do diálogo.
E por que ainda se evita trabalhar questões
como estas dentro da sala de aula? Segundo Fre-
derick Douglass (1845, p. 79 apud DAVIS, 1981, p.
108) “o conhecimento torna uma criança inade-
quada a escravidão”, uma criança que questiona
e entende como funciona toda a sociedade em
que está inserida não aceita facilmente ser manipu-
lada/doutrinada. Ao compreenderem como estas
são vistas perante a sociedade e compreenderem
as questões de gênero/raça que as atravessam,
não aceitaram que isso se mantenha como está. É
necessário que as crianças entendamque algumas
questões são construções históricas e que se man-
tém assim a muito tempo. Mas, muitas vezes nossa
sociedade está acostumada a silenciar as crianças
que muito pergunta, chamá-las de chatas ou ini-
ciar o processo de ignorar seus questionamentos.
Ainda é difícil chegar uma resposta absolu-
ta da pesquisa que estamos realizando, há vários
pontos a serem revistos e dialogados. Até o mo-
mento é possível perceber que a todo momento
são criados novos termos e projetos que vem a
tentar cessar o processo diálogo mais aberto en-
tre alunos e professoras, bem como silenciar os
questionamentos e pensamentos dos primeiros.
Compreender como ao longo dos anos as opres-
sões se mantiveram, fortaleceram e que ainda são
incutidas. E que como isso já se inicia durante a
infâncias e que se não tivermos o devido cuida-
do para ir quebrando tais questões, dialogando
e mostrando como a sociedade funciona estare-
mos mantendo tais preconceitos na ativa e bem
como nossas crianças na mira deles sem nem ao
menos uma proteção.