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VI SIMPÓSIO INTERNACIONAL DESIGUALDADES, DIREITOS E POLÍTICAS PÚBLICAS:
GÊNERO, INTERSECCIONALIDADES E JUSTIÇA
SÃO LEOPOLDO-RS – UNISINOS, 27 A 29 DE NOVEMBRO DE 2018
GT7: DIREITOS HUMANOS E DESIGUALDADES SOCIAIS
ASCENSO CONSERVADOR,
NEGAÇÃO DE DIREITOS E AVANÇO
DAS DESIGUALDADES: OS LEGADOS
AUTORITÁRIOS DO PASSADO RECENTE
NA COMPOSIÇÃO DESSE CENÁRIO
Thiago Vieira Pires
Doutorando em Ciências Sociais no Programa
de Pós-Graduação em Ciências Sociais da Universidade
do Vale do Rio dos Sinos, UNISINOS. Mestre e Graduado
em Ciências Sociais pela mesma Instituição. Bolsista
PROSUC-CAPES. E-mail:
thiago.v.pires@gmail.comRESUMO:
Esse resumo tem origem nos desdobra-
mentos da pesquisa de tese do autor, que se de-
dica a pensar os legados autoritários da última
ditadura civil-militar brasileira (1964-1985) para o
atual ciclo de ascenso conservador. Nesse sen-
tido, assume como marcador espaço/temporal
para o que se está denominando como “ciclo de
ascenso conservador” às manifestações de 2015-
2016 que se seguiram as eleições presidências de
2014. Esse ciclo de manifestações impulsionou o
processo de
impeachment
da então presidenta
Dilma Rousseff, eleita no pleito de 2014. O pro-
cesso de
impeachment
foi marcado por articula-
ções jurídico-político-midiáticas questionáveis do
ponto de vista Constitucional e ético, fator que
trouxe características acentuadas de um “golpe
de Estado de novo tipo” (SILVA FILHO, 2017).
1
Esse
cenário de ascenso conservador trouxe consi-
1 SILVA FILHO, José Carlos Moreira da. Justiça de transição e
usos políticos do poder judiciário no Brasil em 2016: um Golpe
de Estado institucional.
Revista Direito e Práxis
, Ahead of print,
Rio de Janeiro, RJ, 2017. Disponível em:
<http://www.e-publica coes.uerj.br/index.php/revistaceaju/article/view/31488/22659>.
Acesso em: 28 fev. 2018.