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VI SIMPÓSIO INTERNACIONAL DESIGUALDADES, DIREITOS E POLÍTICAS PÚBLICAS:
GÊNERO, INTERSECCIONALIDADES E JUSTIÇA
SÃO LEOPOLDO-RS – UNISINOS, 27 A 29 DE NOVEMBRO DE 2018
GT6: POLÍTICAS PÚBLICAS, MOVIMENTOS SOCIAIS E DEMOCRACIA: LUTAS, AVANÇOS E RETROCESSOS
de emancipação não só discursiva, mas que este-
ja atenta, como forma de cuidado ético-político, a
materialidade de reprodução da vida humana em
comunidade e que dialogue com os conhecimen-
tos negados pelo sistema-mundo de forma inter e
trans (cultural e disciplinar).
No caminhar de nosso encontro com o DAP-
si, vimos a potencialidade de uma ação que se
debruça sobre uma democracia direta, na base
dos movimentos sociais e na complementarida-
de entre as multiplicidades que se fazem presente
dentro das formas de ação política na sociedade.
Dessas multiplicidades, nos encontramos com uma
política dos afetos (BRAGA, 2017), que nos coloca
a pensar sobre como o campo intersubjetivo do
fazer político opera uma potência de agir que va-
loriza relações sociais para além das individualida-
des e burocratizações postas pelo capitalismo e
ao mesmo tempo se coloca criticamente frente à
democracia nos sistemas capitalistas e suas estru-
turas de dominação. Esse enfrentamento crítico se
torna possível pela compreensão de que os afetos
são políticos, pois constantemente atualizam as re-
lações com os discursos e os modos de subjetiva-
ção que se constituem na sociedade.
Palavras-chave:
movimento estudantil, filosofia da
libertação, afetos.
REFERÊNCIAS
DUSSEL, Enrique.
Ética da libertação
: na idade da
globalização e da exclusão. 3. ed. Petrópo-
lis, RJ: Vozes, 2007.
BRAGA, Luiz Carlos M. A política dos afetos: a con-
cepção espinosana.
Revista Direito & Práxis
,
v. 8, n. 3, p. 2010-2014, 2017.