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VI SIMPÓSIO INTERNACIONAL DESIGUALDADES, DIREITOS E POLÍTICAS PÚBLICAS:

GÊNERO, INTERSECCIONALIDADES E JUSTIÇA

SÃO LEOPOLDO-RS – UNISINOS, 27 A 29 DE NOVEMBRO DE 2018

GT6: POLÍTICAS PÚBLICAS,

MOVI

MENTOS SOCIAIS E DEMOCRACIA: LUTAS, AVANÇOS E RETROCESSOS

ciedade civil. A leitura realizada pelos autores que

podem ser enquadrados nesta perspectiva vê o

Ministério Público fundamentalmente como um

ór-

gão tutelar

, que busca, ao representar a sociedade

civil, substituí-la, avocando-se único titular verda-

deiramente capaz de defender seus interesses e

de agir em prol de um bem público que transcen-

da as motivações particulares, potencialmente

presentes na atuação direta destes grupos – con-

siderando a sociedade brasileira como sendo hi-

possuficiente. Nessa linha, destacam-se os estudos

de Rogério Bastos Arantes (1999; 2002), bem como

os de Fábio Kerche (2007) e Júlio Aurélio Vianna

Lopes (1998; 2003).

Em flagrante contraste com a doutrina aci-

ma relacionada, surgiu uma segunda corrente.

São análises mais recentes, destacando-se os es-

tudos decorrentes da parceria firmada entre a

Associação de Magistrados Brasileiros (AMB) e o

Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janei-

ro (IUPERJ), coordenados por Luiz Werneck Vianna

(VIANNA; BURGOS, 2002; 2005). Se a visão anterior

apresentava-se pessimista em relação à atuação

do Ministério Público, esta parece bastante otimis-

ta no que se refere às interações entre a socieda-

de civil e o Ministério Público.

Por fim, pode-se identificar um terceiro con-

junto de autores que adota de uma visão alter-

nativa aos dois grupos anteriormente expostos,

observando tanto as potencialidades como as li-

mitações da atuação doMinistério Público no Brasil

contemporâneo. Neste universo de análise, impor-

ta mencionar especialmente os trabalhos de Dé-

bora Alves Maciel (2002; 2006) e aquele resultante

de sua parceria com Andrei Koerner (Koerner; Ma-

ciel, 2002). Os autores ressaltam a necessidade de