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VI SIMPÓSIO INTERNACIONAL DESIGUALDADES, DIREITOS E POLÍTICAS PÚBLICAS:
GÊNERO, INTERSECCIONALIDADES E JUSTIÇA
SÃO LEOPOLDO-RS – UNISINOS, 27 A 29 DE NOVEMBRO DE 2018
GT6: POLÍTICAS PÚBLICAS,
MOVI
MENTOS SOCIAIS E DEMOCRACIA: LUTAS, AVANÇOS E RETROCESSOS
cas que se organizaram na decisão pelo processo
de impeachment da presidenta Dilma, seguidos
de uma série de ataques aos direitos da popula-
ção e retrocessos representados como proble-
máticas atuais no mundo. A reforma trabalhista,
tentativas de reforma da previdência, a retirada
de direitos fundamentais das mulheres, a redução
de ministérios que incentivam a interculturalidade
com povos indígenas e afro-brasileiros, entre ou-
tros, fazem parte desses projetos de dominação.
Não podemos desvincular que se articulam na
contemporaneidade uma série de problemáticas
que diz respeito às estruturas de dominação que
se fizeram hegemônicas na história mundial, lidas
historicamente a partir do eurocentrismo colonial
e do imperialismo capitalista estadunidense articu-
lado pelo que se chama globalização hoje.
Enrique Dussel (2007) nos mostra que são nes-
ses projetos de sistema-mundo organizados pela
globalização, e que desde o “descobrimento” das
Américas em 1492 pelos europeus se dita a partir
de um ser essencial helenocêntrico, negando e uni-
versalizando as alteridades num alter ego europeu
pela conquista e dominação bélica dos povos das
Américas, da África e de parte da Ásia. Dessa forma
concebe-se um primeiro sistema-mundo universal e
o nascimento da falácia da modernidade. Nesse
sentido, tanto a modernidade como uma ideia de
pós-modernismo (como crítica autocentrada) con-
tinua a reproduzir essas estruturas de dominação
colonial que necessitam de novas propostas de
enfrentamento. A ideia de transmodernidade faz
frente às reflexões desde a exterioridade negada
das vítimas da modernidade-colonialidade, atra-
vés do método analético. É a partir dessa proposta
ética e epistêmica que se concebe um olhar mais
integrado acerca dos movimentos políticos-sociais