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VI SIMPÓSIO INTERNACIONAL DESIGUALDADES, DIREITOS E POLÍTICAS PÚBLICAS:
GÊNERO, INTERSECCIONALIDADES E JUSTIÇA
SÃO LEOPOLDO-RS – UNISINOS, 27 A 29 DE NOVEMBRO DE 2018
GT5: REPRESENTAÇÃO POLÍTICA, JUVENTUDE E GÊNERO
Durante muito tempo a mulher em África
esteve distanciada da vida politica, porém atual-
mente tem se notado o movimento inverso. As mu-
danças não são significativas quando compara-
das com a proporção de homens que exercem
funções em cargos de destaque e peso (Chefe
de Estado e de Governo, representações ao nível
mais alto do judiciário, entre outros). Nos estudos
sobre África há que destacar os trabalhos de Kar-
beg (2015), Osório e Macuacua (2015) e Osório
(2010).
Estudos de Karbeg (2015) demonstram ain-
da que o aumento da participação da mulher na
politica não trás ganhos socioeconómicos das mu-
lheres nesses países, apresentando alguns exem-
plos como o Ruanda, Botsuana entre outros. Em
alguns casos essa desigualdade vem acompa-
nhada de problemas como níveis baixos de edu-
cação, altas taxas de
HIV
SIDA, casamentos infan-
tis prematuros, violência doméstica entre outros.
Apesar de haver representatividade parlamentar
não demonstra em nada na prática mais ganhos
para a mulher na sociedade.
Uma das conclusões que trago é que ao lon-
go dos anos nos países membros da SADC tem se
observado mudanças sobre o nível de participa-
ção aliada ao género, algumas delas resultam das
quotas outras pela dinâmica do desenvolvimento
da sociedade e influenciados por acontecimentos
globais. Contudo existe o desafio de se estender
essa participação para cargos de tomada de de-
cisão efetiva.
Palavras-chave:
Participação Política. Mulher.
Moçambique.