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VI SIMPÓSIO INTERNACIONAL DESIGUALDADES, DIREITOS E POLÍTICAS PÚBLICAS:
GÊNERO, INTERSECCIONALIDADES E JUSTIÇA
SÃO LEOPOLDO-RS – UNISINOS, 27 A 29 DE NOVEMBRO DE 2018
GT5: REPRESENTAÇÃO POLÍTICA, JUVENTUDE E GÊNERO
Assembleia da Republica, Governo, tribunais e o
conselho constitucional na atualidade entre ho-
mens e mulheres.
A dicotomia entre o público e o privado
é um debate que foi levantado por Pateman
(1981) num período que as lutas pelos direitos
das mulheres estavam também a ser discutidos.
Deste modo não é algo novo, mas que perdura
ao longo dos anos. A autora apresenta as lutas
e reivindicações políticas em relação a equida-
de de género, desde a luta pela igualdade de
participação no que se refere ao direito ao voto
pelas mulheres. Com todas as controvérsias e cor-
rentes feministas o essencial desta perspetiva é o
problema do carater patriarcal do liberalismo. O
Liberalismo esta estruturado com base nas rela-
ções patriarcais, onde há uma ressalva da sub-
missão das mulheres aos homens dentro de um
contexto universal e secular.
Importante reforçar, que o sufrágio nem
sempre foi universal, tal como hoje o conhecemos
em que homens e mulheres tem direito ao voto
bem como uma participação plena e acesso aos
órgãos de decisão politica e de poder.
O grande debate aqui prende-se com a for-
ma como homens e mulheres são tratadas na esfe-
ra pública e privada. Pela natureza das mulheres,
esta acaba por ficar subjugada a esfera domésti-
ca e privada e submissa ao homem. Sendo que os
homens estão presentes nas duas esferas, pública
e privada. Contudo outra leitura que se pode fazer
desta perspetiva é que a mulher em certa medida
não lhe foi garantido o acesso a outros meios que
não fosse a esfera privada.
Desta forma Pateman (1981, p. 57) defen-
de que: