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VI SIMPÓSIO INTERNACIONAL DESIGUALDADES, DIREITOS E POLÍTICAS PÚBLICAS:
GÊNERO, INTERSECCIONALIDADES E JUSTIÇA
SÃO LEOPOLDO-RS – UNISINOS, 27 A 29 DE NOVEMBRO DE 2018
GT5: REPRESENTAÇÃO POLÍTICA, JUVENTUDE E GÊNERO
dução discursiva que constitui o
ENMSE
. Essas
midiativistas, organizadas ou não em coletivos,
tensionam a narrativa do acontecimento cons-
truída pela mídia tradicional, que se vê obrigada
a negociar. Essas mulheres não apenas criticam
esses discursos hegemônicos, como também arti-
culam uma série de ações singularizadas que or-
ganizam a sua forma de midiativismo, tais como
a produção/circulação de material e criação de
espaços de discussão acerca do acontecimento,
agendando sua inserção na mídia – não só jorna-
lística, mas também em programas de variedades
e telenovela.
A referência de inteligibilidade do acon-
tecimento deixa de pertencer a campos sociais
já legitimados e passa a ser dinamizado por pro-
cessualidades tecnodiscursivas que se abrem a
diferentes fluxos, deslocando o protagonismo da
ação de uma única instância. Por circular na am-
biência midiatizada, essas ações vão se constituin-
do por meio de fragmentos e descontinuidades,
acoplando lógicas de sistemas diversos, que se
afetam e geram derivações, com sentidos que –
além de fugir às trajetórias da circulação midiática
discursiva tradicional – propõem novas lógicas de
articulação e ativismo digital.
Palavras-chave:
mobilização; feminismo; redes
digitais.
REFERÊNCIAS
BONETTI, Alinne. Antropologia feminista: o que é
esta antropologia adjetivada? In: BONETTI,
Alinne; SOUZA, Ângela Maria Freire de Lima
(Orgs.).
Gênero, mulheres e feminismos
. Sal-
vador, BA: EDUFBA; NEIM, 2011. p. 53-67.