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VI SIMPÓSIO INTERNACIONAL DESIGUALDADES, DIREITOS E POLÍTICAS PÚBLICAS:
GÊNERO, INTERSECCIONALIDADES E JUSTIÇA
SÃO LEOPOLDO-RS – UNISINOS, 27 A 29 DE NOVEMBRO DE 2018
GT5: REPRESENTAÇÃO POLÍTICA, JUVENTUDE E GÊNERO
Cabe apontar agora a presença da mulher
na política a nível local no Vale do Rio dos Sinos,
onde vem aumentando com o passar dos anos,
tanto em eleitoras como candidatas elegíveis e
eleitas. Em relação, aos vereadores a mulher não
está presente em todas as cidades da região e
não existe uma evolução que aponte para um
crescimento consistente de mulheres no legislati-
vo municipal entre 2000 e 2012. No ano de 2016,
segundo os dados do TSE, somente 31 mulheres se
elegeram prefeitas nos municípios gaúchos, en-
quanto 466 homens foram eleitos. Esses dados co-
locam a representatividade feminina das mulheres
nas prefeituras gaúchas em aproximadamente 6%
dos municípios do estado. Em relação ao pleito de
2012, houve uma redução de 11,40%, mais que o
dobro da média nacional; em valores absolutos,
o número de mulheres prefeitas no Rio Grande do
Sul caiu de 35 para 31.
Para os executivos municipais as eleições
apontaram um indicativo do despontar das mu-
lheres na gestão pública. Segundo o TSE em 2004,
havia duas mulheres representando prefeituras,
um equivalente a 14% de representação feminina
no vale dos sinos. No ano de 2008, apenas uma
mulher como prefeita. Em 2012 quatro mulheres e
em 2016, foram eleitas seis prefeitas, o que equi-
vale 43%. Contudo, nada garante que tal tendên-
cia se mantenha e que estas cifras representem
efetivamente uma gestão política diferenciada
onde os direitos das mulheres adquiram um status
qualificado.
Diante da representação de interesses e
de demandas ampliadas, Meier e Funk (2017) se
interrogam usando dados de abrangência muni-
cipal se na democracia representativa a eleição