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VI SIMPÓSIO INTERNACIONAL DESIGUALDADES, DIREITOS E POLÍTICAS PÚBLICAS:
GÊNERO, INTERSECCIONALIDADES E JUSTIÇA
SÃO LEOPOLDO-RS – UNISINOS, 27 A 29 DE NOVEMBRO DE 2018
GT5: REPRESENTAÇÃO POLÍTICA, JUVENTUDE E GÊNERO
MULHERES E A PARTICIPAÇÃO POLÍTICA
COMO ELEITORAS E CANDIDATAS
Aloisio Ruscheinsky
Unisinos - Brasil
aloisior@unisinos.brManoella Treis
treismanu@gmail.comO objetivo, em termos muito gerais, de re-
construção de uma parcela da história dos direi-
tos das mulheres, colocando tal movimento den-
tro do processo de arranjo da democracia possui
o significado de exatamente compor o cenário
histórico que permite entender o movimento
como parte do campo de forças que vem for-
matando o final do século XX e os primeiros anos
do século XXI (PINTO, 2010). A questão acerca da
relação entre a condição feminina e o poder de
decisão serve para uma breve abordagem das
discussões em torno do problema da apropria-
ção do espaço público (CRAMPTON; MISHRA,
1999; PINTO, 2010). Este fenômeno refere-se tanto
a especificidades locais das lutas políticas, bem
como as formas de interação na complexidade
da luta pelo poder com sentido de obter capaci-
dade decisória.
A partir dos anos 90, por força de lei, todos
os partidos, se obrigam a lançar mulheres como
candidaturas, porém poucas de fato se elegem.
Segundo Crampton e Mishra (1999) a discrimina-
ção da mulher pode ocorrer devido às estruturas
organizacionais, políticas, de redes informais e de
cultura dominadas por homens, que impõem bar-
reiras. Mesmo que com desigualdades de pers-