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VI SIMPÓSIO INTERNACIONAL DESIGUALDADES, DIREITOS E POLÍTICAS PÚBLICAS:
GÊNERO, INTERSECCIONALIDADES E JUSTIÇA
SÃO LEOPOLDO-RS – UNISINOS, 27 A 29 DE NOVEMBRO DE 2018
GT5: REPRESENTAÇÃO POLÍTICA, JUVENTUDE E GÊNERO
interesse na política, a afinidade ideológica e a
orientação da votação são alguns dos temas que
vamos abordar, bem como a valorização ou opi-
niões sobre o sistema político brasileiro.
Se há descrédito da política e dos políticos,
como pesquisas indicam, talvez vigore uma visão
crítica no que diz respeito à política institucional.
Existem confrontos interpretativos e de opiniões
que se contradizem: o distanciamento da suposta
ação política direta pode ser resultado imediato
de graus explícitos de alienação? Esse distancia-
mento da ação pode também indicar uma crí-
tica, ainda que imaginária, que trabalha com o
jovem tanto no sentido de atrai-lo quanto no de
afastá-lo da política, sem desvalorizar seu juízo crí-
tico relacionado ao desenvolvimento de um ca-
pital social. Não se deve afirmar a priori que uma
postura pode ser qualitativamente distinta da ou-
tra, posto que a crítica pode estar presente tanto
na ação política engajada quanto na falta dela.
A observação da realidade nos coloca em
pauta o próprio sentido da política e da via de-
mocrática em face das relações sociais em cur-
so. De fato, obrigando-nos a repensar temáticas
com recursos metodológicos e teóricos a nossa
disposição e um tanto para além dos paradigmas
usuais. Nas ações sociais, tanto quanto no sistema
político, sempre atua uma ponta de utopia que
força a refletir para além do tecnicamente pos-
sível. Nem tudo no âmbito da política pode ser
abarcado pela noção de um sistema regulado
pela discussão para viabilizar o consenso. Neste
sentido a ação política atual pelas vias institucio-
nais pouco parece esclarecer para além da luta
pelo poder, do controle dos sentidos da vida da
população, tanto quanto do aparelho do Estado