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VI SIMPÓSIO INTERNACIONAL DESIGUALDADES, DIREITOS E POLÍTICAS PÚBLICAS:
GÊNERO, INTERSECCIONALIDADES E JUSTIÇA
SÃO LEOPOLDO-RS – UNISINOS, 27 A 29 DE NOVEMBRO DE 2018
GT5: REPRESENTAÇÃO POLÍTICA, JUVENTUDE E GÊNERO
sos, aliados, clientelismo, podendo ser usadas nas
disputas internas, em que estão em jogo maiores
prestígios masculinos. Ou seja, Peter também está
as voltas com o conceito de que deve-se distinguir
e promover inter-relações frequentes, que tenham
a masculinidade como princípio simbólico cons-
trutor de várias concepções de masculinidades,
no sentido variado das diversas identidades de
homens (KIMMEL, 2006).
Considerações finais
Durante as pesquisas pôde-se perceber
que o personagem Homem-Aranha é um constru-
to multidimensional, provenientes de um processo
de criação que se vai desenvolvendo ao longo
de suas histórias, em que apresentam várias pers-
pectivas criadas para ele. Entre elas a institucional,
quando esse se vê envolvido em questões dentro
da escola com professores e alunos, a individual a
visão que tem de si próprio e relacional demons-
trando a forma com que interage com os demais
personagens no dia a dia, todos esses fatores o tor-
nam o instrumento de observação perfeito, para
uma pesquisa que visa entender o significado que
a ordem de gênero, principalmente as referentes
as masculinidades, tem numa sociedade ficcional
que espelha a realidade por meio da ludicidade.
Esse reflexo é apropriado pelos artistas, roteiristas e
desenhistas, que, por sua vez, desenvolvem ima-
gens que emulam identidades de gênero.
O trabalho teve como resultado a constata-
ção de que o Homem-Aranha pode ser considera-
do como exemplo a resistência à ideia de reforçar
o modelo existente de masculinidade hegemôni-
ca através das mídias, mesmo ele tendo sido cria-
do antes do termo.