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VI SIMPÓSIO INTERNACIONAL DESIGUALDADES, DIREITOS E POLÍTICAS PÚBLICAS:

GÊNERO, INTERSECCIONALIDADES E JUSTIÇA

SÃO LEOPOLDO-RS – UNISINOS, 27 A 29 DE NOVEMBRO DE 2018

GT5: REPRESENTAÇÃO POLÍTICA, JUVENTUDE E GÊNERO

tada a Lei de Cotas (1996)

4

, legislação essa que

nos últimos 20 anos tem se mostrado insuficiente

e ineficaz para reverter a histórica ausência das

mulheres na esfera política. A desigualdade políti-

ca de gênero tem sido objeto de interesse acadê-

mico e seus estudos empíricos abordam diversos

aspectos, tais como as razões da persistência da

sub-representação feminina, impactos das ações

afirmativas, atuação das mulheres quando eleitas,

entre outros. Mais recentemente as carreiras po-

líticas femininas

5

também vem sendo objeto de

investigação, mas esse viés ainda é incipiente na

produção acadêmica sobre o tema. O presente

trabalho pretende contribuir com essa linha de es-

tudos e tem por objetivo identificar quem são as

parlamentares eleitas para a Câmara dos Deputa-

dos entre 2006 e 2014 e que possuem parentes na

atividade política. Frente a dificuldade para par-

ticipar do poder as mulheres tem recorrido à he-

rança política como forma de ingresso na política

institucional brasileira. A partir de uma perspectiva

comparada pretendemos analisar, em caráter ex-

ploratório, o papel do capital familiar nas carreiras

das deputadas e deputados federais, destacan-

do similitudes, diferenças e especificidades entre

os dois gêneros. Partimos da premissa que a variá-

vel “capital familiar” serve como um “atalho” para

o ingresso no campo político-partidário e como

uma alavanca para a conquista de um mandato

eletivo para as mulheres. Resultados preliminares

Interparlamentar, órgão vinculado à ONU. Fonte:

www.ipu.org

.

Acesso em 15 jan. 2018.

4 Lei aprovada em 1995 e já aplicada no pleito municipal de

1996. Desde então essa Legislação já possou por duas reformu-

lações, a última em 2009 (Lei n. 12.034/2009).

5 Conferir os trabalhos de L. F. MIGUEL (2003 e 2008); L. F. MIGUEL

et al (2015); D. MARQUES (2010) e L. PINHEIRO (2007).