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VI SIMPÓSIO INTERNACIONAL DESIGUALDADES, DIREITOS E POLÍTICAS PÚBLICAS:
GÊNERO, INTERSECCIONALIDADES E JUSTIÇA
SÃO LEOPOLDO-RS – UNISINOS, 27 A 29 DE NOVEMBRO DE 2018
GT5: REPRESENTAÇÃO POLÍTICA, JUVENTUDE E GÊNERO
agredindo, humilhando e descaracterizando mo-
ralmente mulheres, negros, homossexuais, pessoas
com deficiência. Destrói o outro, pregando suas
ideias e práticas dominantes.
No Brasil é possível fazer uma análise des-
se fenômeno, pelo número expressivo de discur-
sos de ódio contra certas correntes partidárias e
o crescimento do mito que prega a salvação das
tradições familiares através da violência e intole-
rância as minorias.
É no campo político e religioso, que este
discurso tem tido espaço reservado, e as relações
entre ideais divergentes tem sido acirrada. Revive-
mos o binário: Capitalismo (direita) x Comunismo
(esquerda), do período da Guerra Fria, e por mais
que a discussão seja baseada no senso comum,
sem o mínimo aprofundamento teórico, tem che-
gado a patamares realmente muito significativos,
não podendo ser relegado ao léu, pois como
agentes sociais, temos a obrigação de intervir
para a ruptura desse contexto conservador.
Outro fenômeno bastante relevante dessa
era das tecnologias de informações são os fake
News, e robôs criados para replicarem as falsas
notícias. Influenciando diretamente as decisões
políticas da população, além de promover o caos
social, com temas apelativos, agressivos e princi-
palmente descabidos de qualquer decência ou
fundo de verdade.
No Brasil os fakes News em quase sua tota-
lidade são criados a partir de cunho político, e se
multiplicam em segundos. Mesmo com toda cam-
panha para restringir essas notícias, o efeito causa
grande confusão, desinformação e desgaste da
confiança das instituições pública e política do
país.