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VI SIMPÓSIO INTERNACIONAL DESIGUALDADES, DIREITOS E POLÍTICAS PÚBLICAS:
GÊNERO, INTERSECCIONALIDADES E JUSTIÇA
SÃO LEOPOLDO-RS – UNISINOS, 27 A 29 DE NOVEMBRO DE 2018
GT5: REPRESENTAÇÃO POLÍTICA, JUVENTUDE E GÊNERO
em estudo sobre as Promotoras Legais Populares –
que vão dizer muito sobre as lógicas que operam
naquele grupo, evidenciar como as negociações
de gênero e poder são constantemente restabe-
lecidas, desconstruindo ideias como a de que se-
ria feita, naquele contexto, uma política feminina
de colaboração e solidariedade, e mostrar com
clareza os tensionamentos acontecendo entre
diferentes mulheres, como exemplo de que o po-
der opera arraigado ao saber e atravessado por
outros marcadores, bem como que o gênero não
está nos corpos.
Em um segundo aspecto, ainda relaciona-
do ao fator etário e tendo em conta o ativismo
crescente que emerge das redes sociais digitais,
propomos relacionar esse marcador às ações
que Oliveira e Henn (2014) consideram uma trans-
formação no processo de representação com a
proliferação instantânea das semioses em redes
digitais, com destaque para a possibilidade de o
público interferir no processo noticioso, que se dá
justamente pela popularização do acesso e pela
simplificação das tecnologias. Destacamos tam-
bém, o fator político que envolve essas ações em
rede e seus desdobramentos.
Metodologicamente, consideramos uma
costura que leve em conta tanto a Análise da
Construção de Sentidos em Redes Digitais, meto-
dologia do Laboratório de Investigação do Cibe-
racontecimento que permite mapear rastros nas
operações nas redes digitais, reuni-los emconstela-
ções de sentidos e elaborar inferências pertinentes
à análise, quanto nosso interesse pela linguagem e
por aquilo que à atravessa. Assim, tanto no jorna-
lismo quanto nas redes, dirigimos o olhar a certos
artifícios presentes nos textos capazes de ajudar a